quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Criando


A uma época na vida de um homem onde tudo que ele acreditava
vira areia. Época de elucidação é claro, com tudo, época de desilusão.
Nossos sonhos uma miragem no deserto cruel da existência, nossa
vida um fragmento de energia no caos do universo.
A um tempo em que comida é ração, que bebida é agua, que livros
são apenas papel. Talvez seja isso que chamam de cair na real.
Essa é a verdade da vida, o concreto dos prédios, o trabalho árduo,
a morte, o fedor vindo dos guetos e da burguesia.
Afinal, este é um tempo que deve chegar pra todos, mas como dizia
Nietzsche: "querer apenas a verdade é assumir que não se pode criar."
Então meus caros, mãos a obra, pintamos então a vida, simplesmente
nos negamos a aceitar o cinza.

terça-feira, 18 de agosto de 2009

Presente e futuro


Quando por fim a chuva caiu eu fiquei apenas a segurar aquele
colar, entendi a razão de se estar o tempo todo atrás de algo que
nunca chega. O tempo todo pensado no depois, e agora?
Quando eu era criança e tudo me fascinava e assustava a vida se
estendia na linha do tempo da forma mais divertida, fazia minhas
brincadeiras e tudo era o momento atual. E hoje, quando o medo do
futuro e a espectativa me dominam, sei que essa angustia me corroi
aos poucos. Pois perco o que não volta: perco meu tempo.
Hoje quero fazer o que a muito tinha esquecido:
contemplar o tempo presente.

terça-feira, 4 de agosto de 2009

Cain e Abel


A última leitura que me causou grande impressão: Demian, do
escritor alemão Hermman Hesse. Nesse livro a idéia principal é a
distinção do ser humano, a busca pelo próprio destino. Pra mim,
o mais importante: a diferença entre comunidade e rebanho.
Na verdade já tinha encontrado algo parecido lendo Niestzche, e
deus sabe(deus?) que dificil mesmo é encontrar pessoas distintas,
pessoas que trazem consigo o sinal de Cain, aqueles que buscam
seu próprio destino aquem do rebanho. Esses são como Cain,
considerados malditos, pra mim, não imcompreendidos pelo
rebanho, e sim imcompreenssiveis.
Afinal, de dentro da coletividade cega, não se pode enchergar e
deixar emergir a energia que vem do eu interior e individual.