sábado, 25 de abril de 2015

Versos da madruga: reflexão e delírio

Pergunte ao silêncio imemorial que existe em você:
Qual o sentido da vida quando tudo pode ser tirado de nós?
Eram três da manhã e o breu infinito elucidava as questões mais divergentes em mim
Tudo que foi e será fazia sentido

Os loucos e as crianças são os primeiros a serem felizes, e em jardins vistos em sonhos, me deparei com uma porção deles...
Ao desafiar Zeus os mortais foram loucos, e assim no nascimento da tragédia grega para o mundo o homem vinha para sofrer por sua própria condição de agregado de carne que sonha em ser essência etérea.

Mais uma vez preste atenção no silêncio que há no fundo da sua mente, pare o diálogo interior
Veja o quanto nossos destinos podem ser trágicos também quando ao recebermos o fogo da sabedoria sua luz nos mostra um mundo distorcido e moldado pela má consciência e como o hominídeo ignorante acabou por acreditar que aquilo é condição inexorável da existência, assim como o fogo mandado pelos Deuses

Qual o sentido da existência quando tudo é tirado de nós?

O desprendimento para se nascer milhões de vezes na mesma vida é a condição básica das células, a vida é um fenômeno inexplicável, e no vácuo da sabedoria, onde ela não surte efeito, há o mistério que talvez seja a resposta para conquistarmos também esse desprendimento. E de dentro pra fora renascermos milhões de vezes, sem olhar para trás, rumo ao mundo dos Deuses ou dos loucos...