terça-feira, 30 de abril de 2013

O trabalho e a construção


O homem é transformador da realidade à sua volta. Aqui uma das características que nos diferencia dos animais: mudamos o mundo a nossa volta através do trabalho, não estamos a merce da natureza.
Ora, afinal de contas o suor de todos os dias é uma glorificação da força da vida, ou mais uma das resignações que a sociedade tem como mecanismo de funcionamento?

Então abandonamos nossos instintos em nome da vida civilizada, não a como negar: Isso ainda existe em nós como uma energia reprimida!

Por mais estranho que possa parecer, convido a todos a não abandonarmos isso, pelo contrário, vamos exteriorizar. Vamos trabalhar.

Pensar no homem apenas como uma peça perfeita e eficaz de uma fabrica, ou como um cidadão exemplar na fila das oportunidades, sim, seria subestimar a força da vida.

O homem é transformador da realidade a sua volta, mas também tem o dom de construir a si mesmo. Então eu digo: Nós fazemos o trabalho, mas com o passar do tempo, também somos trabalhados.

Então nos transformamos de fato em homens.

domingo, 28 de abril de 2013

A arte e a cultura de massa


No Egito antigo a arte era usado para afirmar a religião, na Grécia para exaltar o homem e sua sabedoria. Na idade média vimos um dos maiores atrasos na evolução da humanidade nas ciências e na filosofia, era a arte e a repressão a serviço dessa tortura psicológica e de rebaixamento do espirito: o cristianismo.

A igreja católica castrou mentes e ceifou vidas em escalas obscenas, reprimiu a evolução do espirito do homem em nome da manutenção de uma doutrina espiritual totalmente tirânica e dominadora. Pois então a arte esteve assim por séculos se desenvolvendo em pinturas de deuses e reis, ídolos e monumentos colossais.
Com o passar dos tempos e as mudanças sociais algo viria a mudar essa realidade, sim, a arte ganhava vida própria em expressão. Agora foge até mesmo da concepção do próprio artista. Pois que uma vez lançada e manifesta no mundo físico, a obra desse artista ganha vida própria na consciência de cada um. Isso é mágico.

Convido a todos a apreciarmos a arte como deve ser: livre para nossa
imaginação cognitiva.
Se afirma mais uma vez o elo que estamos inconscientemente o tempo todo tentando fazer: o do espirito com o corpo. Eu chamo isso de elevação.

Mas é preciso em fim de distinção, pois de que forma seria possível romper o círculo da ignorância?
Pão e circo, assim o povo é cultivado pelas elites a séculos, mas nós não. Nós, os que negaram esse pão nefasto, sabemos do valor verdadeiro da arte, e nunca vamos cantar junto com essa multidão as blasfêmias da alienação e da vulgaridade.

A cultura de massa não é arte!

domingo, 21 de abril de 2013

Os Deuses do mundo de Sofia


Os deuses do mundo de sofia são a representação mítica das paixões humanas.

Explicávamos em mitos oque nossa razão não conseguia desenvolver.
E se eram os Deuses astronautas, o mundo ainda podia se abrir em infinitas possibilidades.

Então eu me pergunto: não seremos nós mesmos os responsáveis por nossa aniquilação?

O suicídio de todos os dias, é a verdade de que caminhamos inexoravelmente a destruição...

Mas Zeus montado em sua nuvem de tempestade magnética lançou um raio na minha cabeça, e agora nada se não o conhecimento do conhecimento me satisfaz.

O olimpo deve queimar, e todas as religiões vão ser consumidas, nunca mais haveremos de estar de joelhos para o vazio que muitos chamam “Deus”. Vejam como os Deuses nos controlaram em nossa breve história de homens. Não mais.

Vênus esta nos chamando a perversão e a beleza, e eu posso ver os templos antigos em sonhos sorrateiros.
A Deusa, como alguns a chamam, vai ser queimada na fogueira como uma bruxa!
E eu e você vamos olhar as chamas fascinados pela morte de mais um ídolo.

Sempre há um inferno para cada um de nós, mas isso não importa mais quando o fogo se torna parte do que somos.

Agora os Deuses ainda vivem em algum lugar, mas nunca mais ergueram templos na morada de nosso conhecimento.

sexta-feira, 19 de abril de 2013

A ética e a moral arbitraria


Sentado em meio a multidão eu era parte da massa. O centro de Porto alegre é frenético mesmo, e eu sempre reparo na pressa das pessoas. Era mais uma terça feira qualquer, e eu esperava pacientemente por um cachorro quente. Então olhei para o céu, e lá estava a verdade, a única verdade possível e suportável para se viver: a vontade do espírito não esta encarcerada na prisão que foi criada para mim.
A sociedade e sua hipocrisia conveniente não faziam mais parte do que eu era, pois que havia nascido uma nova realidade social: o indivíduo consciente de si.

A ética são os princípios, a moral nossas normas convenientes e contraditórias.
Mas eu percebi algo mais, eu vi todo um sistema construído em prol da economia e suas concepções de livre concorrência e devastação dos valores humanos.
Agora somos produtos.

Sentado em meio a multidão eu vi violetas a venda, pessoas pedindo dinheiro e crianças brincando como se nada estivesse acontecendo...

Por vezes sou uma criança despreocupada, e posso sair por ai, ver as flores e pensar que todas são minhas.

Se eu não ganhar dinheiro morrerei, foi assim que me ensinaram.
Então essa moral de mercado se torna questão de sobrevivência.

A ética sera criada pela revolução, nossos princípios serão nossa tendencia natural a liberdade.


sábado, 6 de abril de 2013

Passeio psicodélico


Andavamos eu e você lado a lado.
Caminhavamos por lugares nunca antes pisados, e eramos apenas você e eu.


Sem nossas máscaras, sem sua dose diária de egocentrismo disfarçado.

Viamos cogumelos de cinco metros de altura, e duendes trabalhando freneticamente em novos sonhos...

Não havia estrada, e mesmo assim precisavamos fazer esse caminho, no fundo é assim mesmo:

A estrada esta em nós.

Caminhavamos, e eramos dois velhos amigos olhando para um céu vermelho e amarelo, fadas fosforecentes brincavam ao nosso redor, e mais adiante eu pude ver a floresta das árvores ancestrais. Depois que um homem enfrenta sozinho os perigos dessa floresta, sim, pode ser aceito entre nós, os que ja enfrentaram tal provação.

Cantavamos antigas canções e o tempo passava mais rápido. Você me disse que nunca iria me abandonar, e eu sabia que não poderia fazer o mesmo, então eu fazia força para acordar do sonho psicodélico.

Passavamos pelo vale das almas paradas, onde todos viviam repetindo as mesmas ações por séculos...Sim, eu vi homens cultuando deuses e abraçando uma fraternidade de dor e sofrimento...

Nesse momento voce chora. Simplesmente aprendemos a criar nosso caminho quando não à nenhum mais.

Ninguém pode viver pra sempre no passeio psicodélico, mas veja bem meu amigo, quem volta de lugares tão distantes e deslumbrantes assim, volta com um pouco dessa loucura encatadora em si.

Que esse encatamento seja nosso pra sempre. Pois nele esta nossa distinção e força.

Andavamos eu e você lado a lado...

quinta-feira, 4 de abril de 2013

Versos ao poeta patético



Era preciso mais um poema sobre a chuva, e menos um sobre amor,
se fez necessário outro verso satânico, e por que não mais vinho?

Eu sabia as palavras certas mas não as disse!

Eu pude sentir o poder dos vocábulos, mas algo me fugia, minha mente me traia mais uma vez...

"O patético poeta protestava contra ele mesmo e sua solidão era uma lastima."

Então era preciso mais um poema sobre a chuva, quem sabe uma purificação, uma aceitação
do meu eu mais genuíno e subliminar!

Se fez necessário a descoberta de outra brincadeira, um novo alívio para a depressão que assola
a consciência à séculos.

Em vidas passadas e planetas distantes a energia do pensamento viajava.

e foi numa dessas viagens que eu, o patético poeta, descobri meus novos tesouros:

O sarcasmo como humor, o inimigo oculto, a liberdade como vício, e o vinho como remédio!

Eu e o poeta talvez jamais haveremos de nos encontrar, mas, hoje com certeza eu sei:

quem sabe ler, nunca vai estar sozinho...