segunda-feira, 19 de agosto de 2013

A negação dos ideias platônicos e a queda no ceticismo da alma

Como vocês fazem para passar o tempo sem o desgaste tedioso das tardes mornas?

Sem a vivencia de uma paixão que nos queime e avassale nossos sentidos, nos fazendo sentir vivos em essência, e por certo entregues a total tarefa de ter e ser a vida em curso de si mesma!

Ó quanta subjetividade, e mais uma vez essa é a a questão filosófica que mais me dói! Sim, os ideias platônicos de encontro a um mundo objetivo onde caminhamos inexoravelmente para nosso fim trágico e total!
Ó quanto ceticismo e entrega patética a dúvida dos ideais platônicos, a renuncia de uma vida toda feita de sonhos!

Pra onde caminha nossa consciência? qual o destino reservado a essa onda de energia que somos ?

Se o mundo das ideias é uma mentira,e nossa consciência é a concepção de uma realidade objetiva e material, o que é a alma ?

Quando por fim eu pude sair a luz do sol, percebi quanto tempo eu havia perdido na sombra das paredes da fabrica e da loucura dos livros!
Sim, olhei para um céu azul límpido, o sol agradável de uma manhã de inverno era tudo que importava!

Os antigos sábios, os filósofos, os alquimistas e os druidas eram os arautos de um conhecimento que atravessava os tempos em silencio e cercado de mistério e ocultismo, e assim deve ser! Clamamos por sentido em nossa existência, e todos esses, e os que ainda viram serão mais uma vez os profetas misteriosos de um conhecimento que apenas nos embriaga e por certo ainda insiste em querer explicar o mundo e a existência do homem.
Os ideais platônicos!
A religião, a cultura e as concepções todas que fizemos para nossa aceitação perante um mundo de total e incansável mudança.

Como vocês fazem para encarar a depressão que assola as cidades?

Então eu cheguei finalmente na questão filosófica que mais tragedia trouxe a tudo em que eu pusesse os olhos: a negação dos ideais platônicos.
Pois se a consciência e o pensamento são concebidos para a percepção de um mundo objetivo, o fim dessa matéria é o fim total de tudo!

Companheiros, pois me agarro e me sustento ainda em um fio de esperança, pois ainda podemos ser os discípulos do mestre que nunca escreveu nada, e disse:

“Todas as coisas feitas para algum propósito devem ter sido concebidas por alguma inteligencia.”

Sim, Sócrates é evocado em nome da esperança do nosso destino.
Que o mundo não seja a composição química da matéria contra a matéria, e as ideias voltem a ser a expressão da alma.


sábado, 10 de agosto de 2013

As linhas turvas do pensamento evolutivo



Havia um estado de caos mais uma vez na minha mente...
Então resolvi dar uma sacudida na cabeça para ver se saia algo:

Mais uma vez meu espírito queimava e o peso da verdade sobre meus ombros se tornava insuportável!

Quem sabe não seja assim mesmo para todos, nosso lado poeta em incansável conflito com nossa visceral filosofia.

Pois naquela noite brasileira eu pensei que a angustia iria me partir em dois, e o médico e o monstro sairiam juntos para beber sem mim!

Mais uma vez o caos reinava e a vontade de cair era insuportável, sim, eu já fui tolo o suficiente para fazer isso.

Eu nunca pensei em escrever novos conceitos ou interpretações a respeito dos escritos dos homens livres que vieram antes de mim, e quando Aristóteles tateou os caminhos da teoria do pensamento, esteve por vezes cometendo o mesmo erro que muitos de nós: transformou o processo evolutivo das ideias no concreto das máximas da ciência!

Então meus caros, nessa noite eu venho humildemente justificar mais uma vez minha necessidade de escrever, pois o som das minhas palavras se tornou insustentável em um mundo de máximas estabilizadas por essa mediocridade que arrebata a todos: a segurança das ideias dadas ao rebanho.

Por Júpiter, como eu gostaria de poder mais uma vez ter o conhecimento como o fiz das primeiras vezes: com o entusiasmo de quem começa uma jornada agradável e cheia de surpresas. Hoje eu sinto uma necessidade primordial de buscar a síntese eterna de uma verdade que talvez exista apenas na morada dos deuses.


Então havia um estado de caos mais uma vez na minha mente, mas dessa vez eu não busquei o racional nem a paixão, apenas flutuei noite a dentro pelas calmarias e imensidões das palavras que realmente importavam em serem ditas...

quarta-feira, 7 de agosto de 2013

Idiossincrasia em desabafo

Das minhas leituras e observações considerei algo: o histórico dos homens em submissão e as forças que os dominam.
Dos escravos feitos em guerras aos servos em juramentos de lealdade, as antigas fabricas de trabalhos tortuosos e mortificantes...



Compararmos a sociedade humana fielmente nos princípios da colmeia de abelhas ou do formigueiro seria um erro tentador para se ilustrar a sociologia para a cabeça de um leigo...
Não. O homem é predador da própria espécie, e mais que lutar em sobrevivência num nicho ecológico ele quer o domínio.

Foi essa a vida que fizemos pra nós? Mercenários do valor alheio?



Eu não tive escolha, fui jogado no mundo capitalista. Estamos na linha de produção contando as horas por tudo que firmamos em contrato com a máquina!
Mas eu transformei meu trabalho em música!

Eu escolhi dar o melhor em resposta a quem esperava apenas o lucro!
Então é essa a vida que temos que escolher? Mercenários do valor dos outros?


Eu proponho que sejamos parceiros. Que sejamos dois companheiros buscando a felicidade com a honra e a sensatez de quem conhece o lodo podre da injustiça.

Se não querem acreditar em mim, tudo bem, vão em frente!
Sejam os joguetes do capitalismo e suas embalagens plásticas.
Sim, não havia coração na linha de produção, até que decidimos abrir o nosso.