sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

Dig e Dag





As ruas estavam húmidas da chuva que caía inssistente já à três dias. Meu ser pálido, magro e curvado comtemplava o céu cinzento e carregado. No meu organismo ainda sentia a ressaca da noite anterior. Eu estava na praça central de minha cidade, refúgio de bêbados, drogados, desempregados, estudantes, abandonados, solitários, excluídos e... Punks.

Me protegia do frio e das gotas geladas que vinham encontrar o chão. Torcia para alguém chegar o quanto antes e, me pagar uma bebida para esquentar o corpo e o ânimo.

Se passaram umas duas horas, nada. Me sentei um pouco, escorei minha cabeça, cheia de filosofias conflitantes, na lage fria, e...


O céu era de nuvens vermelhas e pretas, e um azul fraco de fundo, não havia mais trânsito, nem pedestre algum nas ruas. eu podia ouvir um som muito sutil, era uma flauta. Mas de onde? Levantei-me de sobressalto, mas que diabos estava acontecendo?


Andei até a torneira pública para lavar o rosto e expantar aquela alucinação infernal, mas para minha surpresa, em vez de água havia alccol etílico!
Passei as mãos pelos cabelos, como sempre faço quando não sei o que fazer.
"Meu deus, que é isso?"

Quando me virei para o lugar de honde tinha saído, olhei com terror para meu próprio corpo adormecido! Talvez eu tivesse morrido, pensei. Quem sabe fosse apenas um sonho.
Não. Nunca tive sonhos assim, então...

A ideia da morte se apoderou de mim, penetrando em todas minhas células humanas e vencidas.Coloquei as mãos sobre a face em lamentação. Insólitamente o som da flauta aumentou, agora estava praticamente ao meu lado!

Eu sabia que tinha alguém do meu lado, mas simplesmente estava tomado de terror, foi com muita dificuldade e superação que tirei as mãs do rosto. Lá estavam eles.

Dois anões, ou guinomos. Não sei ao certo. Estavam em minha frente, o que tocava a flauta estava por cima dos hombros do outro. Era uma flauta transversal. Suas faces eram terrivelmente velhas, o que estava em baixo sorria com seu hálito podre e dentes de ouro brilhantes. Meu deus, pensei que estava realmente morto no inferno!

Por fim, se separaram e, começaram a me rodear.

_Eu sou dig, e este é meu irmão dag. Eu falo, e ele toca flauta. E voce quem é?
_Eu? Eu...me chamo Everton.
_Já não é mais tempo de sofrer Everton, faça um pedido e lhes atenderemos.
_Um pedido? Qualquer coisa?
_Não peça o mundo, pois não poderá carregar.
_Tantas coisas.
_O que mais voce quer na vida? Um emprego? Uma namorada? Destruir seus inimigos? Drogas? Peça e será atendido.
_Apenas um, pensei que fossem três.
_Peça e será atendido.
_Pois bem, eu quero o que todo homem quer: ser rico.
_Concedido.


Quando despertei não estava mais na praça da parada 48. Me vi na sacada de um prédio, a metrópole se estendia no horizonte até onde minha vista podia alcançar. atrás de mim uma mulher loira lia uma revista de modas, ela parecia alheia a tudo.

_Com licença, onde estou?
_Aqui é sua casa.
_Minha?
_Sim. Venha me possua na piscina, tudo é seu, o prédio, meu corpo e uma fortuna incalculável.
_Caramba! Mas por que voce não está sorrindo?
_Eu? Sorrir? Até hoje nenhum dos anteriores a voce tinha feito essa pergunta... não sei responder, eu, eu...

Eu tinha entendido tudo. Minha alma tinha sido seduzida por dois demônios irmãos.
Não poderia haver jamais felicidade e essência naquela vida artifial, até sofrer seria mais valoroso, eu tinha me vendido! Quando essa compreenssão se completou na minha mente, o céu mais uma vez ficou vermelho. E lá estavam eles.
Dig e Dag, os dois guinomos irmãos, os dois demônios queriam me cobrar.

_Voces me enganaram
_Não, quem se enganou foi voce mesmo, mentiu para si mesmo, e, esse é o pior pecado para um filósofo. será acorrentado nas masmorras, voce sera nosso brinquedo preferido. O doce sofrimento alheio é um gozo para nós, seu pranto é a melodia mais linda que nossa flauta infernal jamais poderá tocar!
_A mulher me disse que ninguém até agora tinha perguntado sobre o sorriso dela.
_Ela é uma infeliz como você, seu suícidio foi entregue a nós, mas enjoamos do sofrimento dela, queremos voce.

Não existem sonhos assim, pensei. Também não existem pessoas como eu. Olhei pela última vez aqueles demônios terríveis, por certo tinha muilhares de anos. Fechei meus olhos e deixei meu corpo escorregar pelo parapeito da sacada burguesa.
Sim, era melhor a morte do que tudo que eles haviam previsto. Na minha queda pude ouvir os gritos horrendos dos dois:

_Voce nos enganou!

Quando despertei a chuva havia indo embora, o sol se mostrava ainda tímido por entre o que haviam sobrado de nuvens. Estava rodeado de companheiros e amigos, primeira coisa que fizeram ao me ver disperto foi me oferecer a garrafa de cachaça.

_Caralho! Pensei que tinha morrido!
_Quem sabe, morrer não é renascer...
_Cala a boca e bebe!

quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

OVINIS?

Meu interesse por ufologia foi dispertado à pouco, ele nasceu de um programa de televisão da TV cultura: Frente à Frente. Aconteceu que nesse dia, o entrevistado era um ufólogo renomado aqui do sul(infelizmente não me lembro o nome). Bem, o certo é que daquela data para cá, meu interesse em ovinis se transforou em fixção, passando depois para o nível de obcecado mesmo.

Olhei diversos videos e documentários, e pude constatar que eles realmente existem. E o mais incrível: estão entre nós desde o ínicio dos tempos! Mas vim a voces com esse assunto, para apresentar a minha humilde teoria da anti gravidade. Quando se trata de ufologia, nada incomum são as piadas.

Pois os cientistas parecem ter um medo mortal disso: que duvidem de suas formulas infalíveis, e teorias muito bem testadas e conclusas...Bem, quando se levanta essa questão: vida inteligente fora da terra. Eles não dão tempo nem prum cafezinho, já negam imediatamente, munidos de sua melhor arma: a teoria em tese. "Seria impossível viajar e atravessar as distâncias para se chegar a terra, primeiro pelo tempo que levaria, segundo, por que nenhum piloto aguentaria a viajem em velocidade tão extrema."

Vendo os melhores videos de ovinis do youtube concluí como eles fazem essas viajens. Os discos tem um anel maior que gira anulando a força da grávidade, possibilitando assim manobras e lançamentos em velocidades inacreditáveis. Por dentro do anel maior existe outro, que tem a função contrária: este produz uma força gravitacional artificial! Sim, dessa forma preservando a integridade física de todos dentro do disco, seja pela estabilidade ou para suportar grandes velocidades. Agora, como eles anulam a gravidade é outra história.

Assim fizeram para construir as piramides do egito, e tanto outros aparentes monumentos gigantescos pelo mundo. O calendário Maia não previa o fim do mundo literalmente, previa o fim dele como o conhecemos. Eles estão de volta!

quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

Na calada da madrugada

Na calada da madrugada, fui tocado pelo negro, e num dispertar maligno e repentino, olhei para o relógio de ponteiros pretos e irritantes: 3 da madrugada, a hora cabalística. Por certo, esse desafio me foi proposto em sonho: atravessar as sombras e chegar a catedral gótica ileso. ... Na calada da madrugada, se eu prestar bem atenção, quase posso ouvir o murmúrio de lamentação dos espirítos errantes... E, se eu adormecer meus sentidos e parar meu diálogo interior, tenho certeza que em pouco tempo estarei flutuando em um sonho psicodélico... Loucura são esses dias em que não pertencemos a nós, e essas madrugadas, verdadeiros tesouros perdidos, obra divina para a contemplação de um cético. Essa sim, maior prova da compaixão de deus. E, eu? Apenas me rendo submisso à essa beleza misteriosa da madrugada, a coruja e ao grilo ressonante, aos gatos e seu olhar sinistro, ao firmamento e seu manto negro estendido por todo o sempre em espaço e tempo... Me rendo aos sono mau dormido em sonhos terriveis, com algozes de carapaça diferente, contudo, idênticos em sua essência. Lá estava meu pensamento voando preguiçoso sobre a cidade, e com asas abertas, fortes e serenas, meu corpo de ave de rapina se deslocava por entre as correntes de ar. Sim, já podia ver: a catedral gótica. Em meus sonhos não caminhei até a catedral gótica: voei. Em realidade meus versos não foram lidos: foram vividos. Na calada da madrugada...

Reflexões Anarquistas da era comtemporãnea

Como ama e se vangloria o homem de sua tão preciosa "liberdade". Como um fanfarrão bossal, o homem plebel se entrega as garras de seus pensamentos mais primitivos e, da vasão a todo instante a sua ID. E, ainda estufa o peito para se auto proclamar "livre para fazer o que quiser"...Livre pra que? Para todos seus atos se tornarem efêmeros em essência, e, egoístas por natureza? Pois eu digo à voces: Essa liberdade acaba se tornando sua maior prisão. O filosofo anarquista, que com seu olhar visionário e idealista observa tudo...Sim, ele sabe que sua missão é importante, e aceitar de bom grado esse "dever" é uma honra e uma satisfação.
Poucos estão preparados para a liberdade, e para nós, que como diz o poeta "giramos a roda do mundo", essa liberdade sempre poderá se resguardar e se fortalecer em nosso discernimento. Pois aceitamos a revolução, e isso é sério.