segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

O consumismo e o poder do capitalismo


Haviam manhãs e tardes em que todos meus fantasmas resolviam dançar ...
Em uma volta pelas ruas do subúrbio eu os acompanhava. E meu pensamento se elevava.

....
Nas paredes sujas dos guetos e na violência dos becos um sussurro obsceno era ouvido:
Todos estão condenados!
A vulgaridade é uma lastima que sempre poderemos evitar, venham e aceitem a única verdade possível de se conceber: o capitalismo é uma promessa que não pode ser cumprida.
O consumismo é a insaciável força motriz do capitalismo. E realmente viver para a satisfação dos sentidos em plena ociosidade é a meta de muitos. Pois eu digo: vulgar e degradante é tal estado de espírito.
Clamo por uma humanidade mais vigorosa e fraterna, sim, dona e consciente de suas verdadeiras necessidades e aspirações.
...
Nascemos para sermos conquistadores do meio onde vivemos, e não para sermos domados por ele. Eu vejo com desconfiança toda essa multidão massificada e ao mesmo tempo individual em avidez pelo consumo. Os homens tornados predadores de si mesmos.
Nós, os que romperam com o pensamento ocidental ordinário, e que desafiamos as barreiras de nossas próprias limitações ideológicas jamais vamos voltar atrás. É muito mais que questão de orgulho ou poesia, é uma questão de sobrevivência do nosso eu, da identidade e peculiaridade de cada um.
...
Todos Estão condenados!
Então os homens que se entregam ao poder de qualquer governo ou autoridade se tornam gado. Fielmente em servidão esperando a hora do abate.
Tudo bem eu assumo, estou consciente do contrato social de Jean Jaques.
Mas por júpiter, onde está o poder se não onde sempre esteve: do lado das elites.
Então eu chego em nossa questão: Qual a relação do consumismo com o poder?
O poder está nas mãos dos que controlam a economia. Consumir gera a riqueza de todo o sistema capitalista.
Aceitem também essa verdade: o mercado cria necessidades e sonhos fictícios, o homem ocidental se tornou viciado e sem consciência nenhuma de sua verdadeira missão.
Tornar o contrato social um pacto fraterno e de elevação da raça como um todo.
Pois me desculpem se me repito, mas vivemos em uma sociedade uns por cima dos outros, lutando pra chegar ao topo.
O filósofo anarquista não nega a vida em nenhum aspecto. Não sou mais um pregador de austeridade. Mas pergunto:
Estão vocês dispostos a abrir mão de alguma coisa em nome desse mundo mais sustentável e fraterno?
Claro que não. E, é aí que o capitalismo sobrevive.
...
Talvez o planeta terra reclame a conta de tanto esbanjamento, quem sabe?
Para encerrar mais uma vez peço desculpas, dessa vez talvez por tantas redundâncias, pois escrevo para os que sabem do grito silencioso, que entenderam a verdade sobre suas próprias vidas e assumiram de vez suas proeminências.
Muito obrigado, e tenhamos força contra todo o poder que venha a tentar por suas mãos sobre nossas cabeças.

sábado, 23 de novembro de 2013

Auto gestão: uma conquista

Evoco a auto gestão como virtude base de todo o homem que almeje viver sobre a honra da filosofia anarquista.
Estar livre da alienação de um governo ou de uma religião, soltar se das amarras que nos prenderam a sociedade hipócrita, sim, tudo isso não basta quando tudo que aceitamos começa a se tornar decadente e outra forma de alienação: a ideologia.

Em tempos em que a democracia se tornou realmente uma aristocracia eleitoral e um argumento para os imbecis chegarem ao poder, eu vejo a “Auto gestão” como uma conquista dos que realmente despertaram para um conhecimento mais abrangente e verdadeiro.

Não a democracia, sim a razão.

A auto gestão consiste em um sistema adotado por indivíduos capacitados de consciência crítica e inteligência temerosa, capazes de desafiar não só o Estado opressor, mas as idéias viciadas impostas pela própria massa.
Mas quem realmente são esses homens e mulheres? Eles se auto proclamaram então os livres. Mas livres de que? E quem lhes poderia conceder o título de anarquistas, se vivemos em uma sociedade de hierarquias de classes e poder político bem definidos?

Pois eu lhes digo em verdade que desde que saímos do nosso estado natural e passamos ao estado civil nada mais temos feito se não tentarmos nos tornar bestas novamente.
Os anarquistas são os filósofos que não tem a liberdade como um ideal, eles já são livres.
E tal título só poderia vir de um lugar: da nossa paixão pela liberdade como força.
Que esse conhecimento seja uma chama que aqueça a todos que tiverem desprendimento para se aproximar dele.

sábado, 16 de novembro de 2013

As flores mortas e o paraíso


O meu corpo apodrecia em um cemitério qualquer.
E a noite o fogo factuo se elevou em homenagem ao que eu escrevi.
...
Era o epitáfio solene, escrito no mármore frio que agora era minha morada.

“Nem uma força guiou a vontade do homem se não sua alma"

Nascimento, crescimento, envelhecimento e morte.
Você me pergunta simploriamente:
Qual o sentido da vida se sabemos que vamos morrer?
Devo mergulhar nesse pensamento para homenagear tua dor.
...

Nosso inexorável destino aplaca a todos impiedosamente, pois devemos também ser implacáveis.
Nós, um punhado de átomos lançado na existência não devemos perder mais tempo.
Voltaremos ao pó com a dignidade suprema de quem se agarrou a vida e tirou de tudo o melhor.
Quando crianças corremos por brincadeiras, na juventude o prazer se tornou tudo e todos. Mas foi no amadurecimento que tivemos que nos curvar perante o peso da verdade:

Tudo seria tirado de nós se insistíssemos em viver em um mundo que já morreu.
Se vivermos na plenitude nossa vida não nos será tirada, terá chegado ao fim de uma jornada de aventuras. E lembrar com alegria e saudade é a afirmação do que um dia essa energia foi.
Como disse Buda, não há inferno, terra e nem céu que possa fugir da lei do carma que trás a dor da perda.
Mesmo se estivéssemos no céu, contemplado o resplendor máximo da evolução de nossos espíritos. Sim, voltaríamos nossos olhos para a terra, onde estão nossas irmãs e irmãos queridos. E tragicamente os veríamos fenecer como flores colhidas com uma beleza que se esvai e se perde na realidade imutável do mundo. Com o coração partido e triste não poderíamos mais dizer que estamos no céu ou no paraíso.
Que nos elevemos acima do inferno, da terra e do paraíso.
Tudo será tirado de nós, e desnudos e imersos na dor e na solidão nos tornaremos quem realmente somos. Os que desafiaram as rodas da vida.

E pela manhã quando o sol voltar insistentemente o mundo nos será oferecido mais uma vez.


sábado, 26 de outubro de 2013

O individualismo e o homem em sociedade


Nos diferenciamos dos animais principalmente por agirmos com o meio, o modificando, transformando e trabalhando para que nos seja favorável. A partir do momento em que descemos das árvores e pegamos a primeira pedra para bater em algo que queríamos submeter a nossa vontade, sim, nos tornamos o que hoje tanto nos orgulhamos: o homem.
Senhor da natureza e dos animais, filho e representante do poder divino na terra. Nós viemos para fundar o reino civilizado da cidade de Deus.
No principio andávamos pela terra como nômades, e nossos pés descalços aprenderam a caminhar lado a lado. Pois então o bicho homem era uma criatura sociável. E na segurança da tribo se fortalecia mais ainda perante as contingências até então terríveis da natureza.
E é nesse ponto que quero propor nossa reflexão.
Então a sociedade é em sua essência histórica mais um método ou mecanismo criado para nos fortalecermos perante a disputa da vida sob a luz do sol.
Todas as instituições e associações tem este objetivo por fim: o bem comum.
E alguns podem pensar que é triaste eu ter que desenvolver pensamento para afirmar algo tão óbvio.
Mas vejam bem, foi criado algo novo em certo momento em que era preciso manter a prosperidade da raça, então as pessoas conceberam o Estado.
Todos bem sabem, nascido da necessidade de assegurar o direito da posse e da propriedade.
Mas como velhacos, os macacos falantes usurparam a moral do bem comum em nome de si mesmos, e em nome desse poder tem escravizado e matado por razões que já se perderam no tempo e na razão de ser.


É certo que a associação do homem primata nos trouxe para o que podemos chamar de evolução. Nossa civilização é a afirmação dos valores do bem comum. Porém a natureza e suas leis se aplicam a tudo.
E por vezes tem sido o Estado uma contingencia a ser vencida. E a dialética materialista se aplica muito bem: Todo sistema se desenvolve quando possível até seu apogeu, e é então no clímax que começa a apresentar suas contradições. E dessas contradições nasce uma nova ideia, que num futuro próspero e não muito distante será verdade insuportável .


Então o individualismo é o direito de todos e a sociedade também.
Pois aqui evoco então em nome da sobrevivência da nossa personalidade individual e rara hoje em dia, o que considero um dos valores mais dignos do livre pensador contemporâneo:
A auto gestão.
Essa a chave para um mundo onde sabemos que a sociedade é com certeza uma organização saudável e natural, mas que por vezes se volta contra nós como um monarca tirano que havia prometido nos proteger e para isso faz uso de uma força cega e insensível.

Mas precisamos sobreviver...E, é sobre a auto gestão que estarei escrevendo em breve.

domingo, 20 de outubro de 2013

A soberania da alma

“Eramos nações independentes lutando por nossa soberania! E as grandes potências com sua politica de poder invadiram a pacifica ilha do nosso verão!”


Eu convido vocês a imaginar nossas vidas em comparação as relações entre os países.
Melhor figura de linguagem eu não poderia fazer uso, pois este é por vezes um sistema onde buscamos através de relações diplomáticas extrair e usurpar o máximo do outro, e isso os velhos senhores da politica e da guerra já faziam muito bem.
Politica de poder.
Assim chamada, foi exercida pelos países europeus antes da eclosão da primeira grande guerra.

Pois aqui mais uma vez então levanto minhas suspeitas de que o homem primata não só come ervas, e carne, como também planta e mata para viver!

Mas a questão não se resume a um verso romântico, ela é para mim primordial no meu entendimento e realmente onde repousa meu questionamento de agora:

Uma vez sendo a vontade de poder e o caráter predador do homem fato comprovado histórica mente, o que fazer quando nos vemos sob o assédio ou até mesmo sofrendo diretamente com as investidas tirânicas do poder secular e voraz desses velhos senhores?

É na indolência que esta a forma mais radical e egoísta da felicidade. E nela os sábios buscam refúgio contra todo mau que por vezes tenta lhes tirar as riquezas.
Mas algo dentro de mim gritou em nome de uma resistência também!
A neutralidade me pareceu uma dádiva dos fortes, mas a passividade uma fraqueza mortal.
Finalizando nosso confronto de ideias clamo por uma serenidade de aço, com um olhar atento, contudo autossuficiente em relação a tudo.

A politica de poder jamais será uma guerra digna, a verdadeira batalha aconteceu há muito tempo,quando soltamos as correntes e realmente pudemos ver um dia nascer sem ter que amaldiçoar o sol.
Os outros países não são nossas presas nem potencialidades. São as cidades dos Deuses, e tudo que eu penso é que no mínimo deveríamos buscar com eles voltar dignamente ao pó.

domingo, 13 de outubro de 2013

As estrelas e o chão desolado da cidade


Procurávamos por estrelas no chão desolado da cidade.
Foi assim na mocidade de nosso conhecimento, quando a sujeira das ruas era um divertimento e todos riam satisfeitos do mendigo que desistiu de tudo.

Em noites em que cruzávamos nossos olhares eu apenas queria poder segurar isso sem ter que me despedaçar e me consumir ...

Mas eu tive um momento de solidão guardado, e em quatro páginas apenas, minha mente foi tocada pela real e absoluta verdade:
Os filósofos mortos não podem saber da vida que esta por ser gerada.

Mas em noites dessas isso não interessa, pois somos vikings bebendo em jarras e dando
gargalhadas . O velho mar guarda nossos mortos e um dia seremos consumidos por essa mesma imensidão que nos criou.

Então não é hora para chorar, nem mesmo para rir idiotamente da desgraça ou da felicidade que sempre esta insatisfeita.
Sim, por Odin, eu vou voltar pra casa levando a poeira das ruas e a vontade de sempre estar em um lugar melhor.

Nossos destinos cruzados eram romances escritos pela mão de escritores anônimos e teus versos nunca foram ouvidos por ninguém, e aquele sarau que tu mesmo inventou era aplaudido por mim, com palmas e sorrisos de quem sabe que nem mesmo Jorge amado foi levado a sério no inicio.

Procurávamos por estrelas no chão desolado da cidade, mas eu e você em segredo já sabíamos:
Toda luz que veríamos seria artificial, mas o lampejo que se sucede em nossos encontros é real!


quinta-feira, 10 de outubro de 2013

O tédio mortal do materialismo


Eu via nossas vidas caminhado para um fim trágico.
O materialismo se mostrou como o pessimismo de um racionalismo implacável!

Tudo é a matéria vil quando aceitamos a morte do espírito.
E quantas vezes ainda mais serei chamado de louco?

O tédio que pesa após o meio dia é a morte.
O monge que caminha lentamente em direção a sua forca cometerá suicídio para quebrar a rotina.
E eu condeno a todos os círculos do inferno de Dante aquele que profana a vida com um simples pensamento de entrega a esse nada.

Quando de minhas cruzadas me deparei com os homens em perdição, eu também fui um pouco disso, e melancolicamente pude ver seus olhos brilhando para o vácuo da existência.

Clamo por movimento, e por um idealismo que supere as barreiras da medíocre consciência de existir para a matéria.


Pois em qualquer matéria posso soprar minha essência. Mas, do eterno éter, apenas posso receber humildemente a dádiva de existir.

Mas há os que choram sem serem dignos de suas próprias lagrimas.
Lamentam por um mundo que não pertence a eles, e acabam por ter que cruzar o deserto dos ventos uivantes.
E de uma paixão a outra queimam seus corpos em fogueiras erguidas com os escombros de seus sonhos.
Pobres crianças, o deserto não é uma maldição nem um exílio: é mais uma passagem para a fortaleza escondida em meio ao oásis de nosso amadurecimento.


O materialismo ainda é uma questão filosófica que me persegue.
Mas não há motivos para cair em desalento com o idealismo romântico, pois a lei do caos e do acaso jamais justificariam o movimento das coisas com vida em sentido de continuarem.

sexta-feira, 20 de setembro de 2013

Suspiro de arte


Nada havia em mim se não essa solidão e a vontade de pensar.
No final do dia, quando juntamos nossos atos em julgamento, a verdadeira morada do nosso ser esta com as portas abertas! E mais uma vez podemos contemplar a extensão máxima do nosso eu supremo e infinito.
Ao entardecer, quando os pássaros batem em retirada, e o horizonte se espalha com luzes amarelas e vermelhas, sim, a vontade de pensar além se eleva e, é inevitável não escrever sobre isso.


Nada havia em mim se não a solidão e um horizonte amarelo e vermelho.

Por mil anos eu vaguei por entre os escombros do que um dia foi a humanidade, e mais uma vez os homens construíram castelos e elegeram Deuses. E se elevando em tardes assim, essas visões se tornaram minha poesia derradeira. A obra de um lunático, o quandro nunca pintado que Vincent van Gogh suspirou ao enlouquecer de vez!

Por Marte, como eu gostaria de em um pensamento, em uma fração de segundo ver a obra inteira da criação para entender nosso papel de homenzinhos !

Aí sim eu poderia voltar pra casa no final do dia e pintar o melhor dos quadros da minha vida:
As cores do entardecer em deslumbramento ao pensamento.

Nada havia em mim se não a solidão e o final de tarde.
Essa loucura de estar em si mesmo é a mesma que tem por não raras vezes florescido em nós,
então entramos mais uma vez no templo sagrado para nos elevarmos.
Pois nada podemos esperar do conhecimento se não que ele nos eleve...

Tudo estava em mim e a solidão era um horizonte amarelo e vermelho rasgando o céu.

domingo, 15 de setembro de 2013

A pobreza


A pior pobreza para o pobre é a de espírito.
Quando eu me deparei com uma vida sem perspectiva a selva capitalista me fez virar uma besta também!

Felizmente mais uma vez eu pude virar minha cabeça pra cima e observar o sol penetrando por entre as árvores, e derramando luz mesmo onde alguns pensavam ser impossível.

Por que é assim mesmo, o sol aquece a todos, mas cabe a nós refletir essa luz.

Eu apenas evoco mais uma vez o espírito da revolta, pois nada poderia nascer da união da inteligência com a revolta se não uma revolução!

Acordaremos então para um novo dia em que nenhuma pobreza econômica ou da alma nos atormente com suas ninharias!
Sim, dentre os pobres os melhores sempre foram os insatisfeitos com esmolas, com caridade e com a gratidão servil.

A consciência de classe deu muito mais que uma postura de combate para as mudanças sociais, ela nos colocou como agentes e indivíduos de um sistema que até então considerava apenas o capital e as posses burguesas.

A pior pobreza é a de espírito, mas na falta de pão o homem não espera justiça social, ele faz!
Então venho a vocês não como um pretensioso pregador político e da moral, e sim como um homem que veio da periferia e nela repousa sentimento.

Vamos celebrar então o trabalho transformado em arte, essa sim, a verdadeira riqueza das nações!


segunda-feira, 19 de agosto de 2013

A negação dos ideias platônicos e a queda no ceticismo da alma

Como vocês fazem para passar o tempo sem o desgaste tedioso das tardes mornas?

Sem a vivencia de uma paixão que nos queime e avassale nossos sentidos, nos fazendo sentir vivos em essência, e por certo entregues a total tarefa de ter e ser a vida em curso de si mesma!

Ó quanta subjetividade, e mais uma vez essa é a a questão filosófica que mais me dói! Sim, os ideias platônicos de encontro a um mundo objetivo onde caminhamos inexoravelmente para nosso fim trágico e total!
Ó quanto ceticismo e entrega patética a dúvida dos ideais platônicos, a renuncia de uma vida toda feita de sonhos!

Pra onde caminha nossa consciência? qual o destino reservado a essa onda de energia que somos ?

Se o mundo das ideias é uma mentira,e nossa consciência é a concepção de uma realidade objetiva e material, o que é a alma ?

Quando por fim eu pude sair a luz do sol, percebi quanto tempo eu havia perdido na sombra das paredes da fabrica e da loucura dos livros!
Sim, olhei para um céu azul límpido, o sol agradável de uma manhã de inverno era tudo que importava!

Os antigos sábios, os filósofos, os alquimistas e os druidas eram os arautos de um conhecimento que atravessava os tempos em silencio e cercado de mistério e ocultismo, e assim deve ser! Clamamos por sentido em nossa existência, e todos esses, e os que ainda viram serão mais uma vez os profetas misteriosos de um conhecimento que apenas nos embriaga e por certo ainda insiste em querer explicar o mundo e a existência do homem.
Os ideais platônicos!
A religião, a cultura e as concepções todas que fizemos para nossa aceitação perante um mundo de total e incansável mudança.

Como vocês fazem para encarar a depressão que assola as cidades?

Então eu cheguei finalmente na questão filosófica que mais tragedia trouxe a tudo em que eu pusesse os olhos: a negação dos ideais platônicos.
Pois se a consciência e o pensamento são concebidos para a percepção de um mundo objetivo, o fim dessa matéria é o fim total de tudo!

Companheiros, pois me agarro e me sustento ainda em um fio de esperança, pois ainda podemos ser os discípulos do mestre que nunca escreveu nada, e disse:

“Todas as coisas feitas para algum propósito devem ter sido concebidas por alguma inteligencia.”

Sim, Sócrates é evocado em nome da esperança do nosso destino.
Que o mundo não seja a composição química da matéria contra a matéria, e as ideias voltem a ser a expressão da alma.


sábado, 10 de agosto de 2013

As linhas turvas do pensamento evolutivo



Havia um estado de caos mais uma vez na minha mente...
Então resolvi dar uma sacudida na cabeça para ver se saia algo:

Mais uma vez meu espírito queimava e o peso da verdade sobre meus ombros se tornava insuportável!

Quem sabe não seja assim mesmo para todos, nosso lado poeta em incansável conflito com nossa visceral filosofia.

Pois naquela noite brasileira eu pensei que a angustia iria me partir em dois, e o médico e o monstro sairiam juntos para beber sem mim!

Mais uma vez o caos reinava e a vontade de cair era insuportável, sim, eu já fui tolo o suficiente para fazer isso.

Eu nunca pensei em escrever novos conceitos ou interpretações a respeito dos escritos dos homens livres que vieram antes de mim, e quando Aristóteles tateou os caminhos da teoria do pensamento, esteve por vezes cometendo o mesmo erro que muitos de nós: transformou o processo evolutivo das ideias no concreto das máximas da ciência!

Então meus caros, nessa noite eu venho humildemente justificar mais uma vez minha necessidade de escrever, pois o som das minhas palavras se tornou insustentável em um mundo de máximas estabilizadas por essa mediocridade que arrebata a todos: a segurança das ideias dadas ao rebanho.

Por Júpiter, como eu gostaria de poder mais uma vez ter o conhecimento como o fiz das primeiras vezes: com o entusiasmo de quem começa uma jornada agradável e cheia de surpresas. Hoje eu sinto uma necessidade primordial de buscar a síntese eterna de uma verdade que talvez exista apenas na morada dos deuses.


Então havia um estado de caos mais uma vez na minha mente, mas dessa vez eu não busquei o racional nem a paixão, apenas flutuei noite a dentro pelas calmarias e imensidões das palavras que realmente importavam em serem ditas...

quarta-feira, 7 de agosto de 2013

Idiossincrasia em desabafo

Das minhas leituras e observações considerei algo: o histórico dos homens em submissão e as forças que os dominam.
Dos escravos feitos em guerras aos servos em juramentos de lealdade, as antigas fabricas de trabalhos tortuosos e mortificantes...



Compararmos a sociedade humana fielmente nos princípios da colmeia de abelhas ou do formigueiro seria um erro tentador para se ilustrar a sociologia para a cabeça de um leigo...
Não. O homem é predador da própria espécie, e mais que lutar em sobrevivência num nicho ecológico ele quer o domínio.

Foi essa a vida que fizemos pra nós? Mercenários do valor alheio?



Eu não tive escolha, fui jogado no mundo capitalista. Estamos na linha de produção contando as horas por tudo que firmamos em contrato com a máquina!
Mas eu transformei meu trabalho em música!

Eu escolhi dar o melhor em resposta a quem esperava apenas o lucro!
Então é essa a vida que temos que escolher? Mercenários do valor dos outros?


Eu proponho que sejamos parceiros. Que sejamos dois companheiros buscando a felicidade com a honra e a sensatez de quem conhece o lodo podre da injustiça.

Se não querem acreditar em mim, tudo bem, vão em frente!
Sejam os joguetes do capitalismo e suas embalagens plásticas.
Sim, não havia coração na linha de produção, até que decidimos abrir o nosso.

domingo, 30 de junho de 2013

A revolução de 2013


Quando eu resolvi escrever sobre uma nova crítica a sociedade capitalista, estive dando mais que um testemunho do meu tempo: de alguma forma tentei romper com os laços psicológicos que a economia de mercado havia impregnado em nossa vida.

Então os ventos de uma nova revolução levaram o povo as ruas, e como nobre espectador vi os canalhas defenderem um mundo de regalias que envergonharia a própria corte francesa na fila da guilhotina!

O crescimento desordenado das cidades, a escalada de um desenvolvimento frio e mecânico, sim. Nos jogaram nos subúrbios das metrópoles entregues a sorte de dias melhores. E tudo isso com certeza deve ser encarado pelos sociólogos da burguesia como uma piramide social ordinária. A pirâmide é o túmulo eterno do faraó, que mesmo depois de morto continua ostentando seu poder nefasto sobre o povo...

A revolução é o movimento natural de rompimento com a antiga ordem, e na medida que suas inspirações nascem da dor pela sobrevivência, devemos ter certeza que aceitamos uma missão importante, que isto é sério e nada nos fara retroceder.

Pois muito me preocupa algumas pessoas que encaram isso como diversão...
Eu nunca iria para o campo de batalha para me divertir, e nem Marte, impiedoso em seu carro de morte, sairia por nós se estivéssemos em falta com o verdadeiro espirito da guerra!

Nesses conturbados dias, os protestos pelo país encheram minha cabeça de novas ideias a refletir e minha alma de esperanças. Por favor, destruam os muros da cidade e rompam com a nova ordem, eu sempre quis ver cada tijolo da segregação jogado em alguma vidraça capitalista da moda!

Que Marte viva em nós a chama verdadeira da batalha.

quinta-feira, 20 de junho de 2013

O Socialismo e o liberalismo


Uma chuva insistente caia do lado de fora da sala de aula. O som das gotas da chuva me levava cada vez mais para um mundo de sonho e repouso...Haviam campos floridos e árvores dispersas, lagos e dinossauros herbívoros pastando...Em um bosque mais afastado eu podia ouvir a melodia de uma arpa...

Eu quase tinha adormecido na aula de história.
Com um pouco de força de vontade consegui emergir da letargia que quase me tirava os sentidos, as palavras da professora voltavam a pronunciar o português, e pouco a pouco a revolução francesa tomava forma na minha mente maluca e embriagada pelo sono e o sonho.

Minha professora de história era também advogada, usava a palavra como uma navalha afiada, sem espaços para parênteses ou ironias momentâneas, gesticulava pouco com as mãos, mas o fazia com naturalidade. O som dos seus sapatos de salto alto, de belo couro preto, ainda batem na minha mente, me lembrando quanto insensível o conhecimento pode tornar um espírito humano.

Pois ouve um momento durante sua oratória, que a perspicaz professora de história, saindo de sua conduta impessoal para com a matéria, deu sua opinião a favor do liberalismo.
E para encerrar o assunto rapidamente, colocou o fracasso da união soviética como atestado do fim do socialismo no mundo. Foi simples para ela.

Da minha posição de aluno eu não tive força para prosseguir o debate, aliás, se quer para começar um!

….


Toda as concepções da sociologia são influênciadas pela luta de classes.
Os conservadores são os profetas do passado, querendo manter tudo no seu devido lugar. Idealizaram uma sociedade baseada na livre concorrência e chamaram isso de liberdade.

Quando meu espirito vagava pelos pavilhões da fabrica, sim, eu deslizava em um descanso verdadeiro e renovador, pensava que da revolução industrial até aqui muito tinha mudado, e que os fantasmas das crianças mortas nas fabricas de tecelagem certamente faziam um circulo em volta de mim...

Gostaria de ter dito para minha professora que o preço que ela quer pagar pelo desenvolvimento é muito caro. E que já tantas pessoas haviam morrido.
Pois eu acredito que o espírito predador do homem medieval esteja presente no neo liberalismo!

Em nossas aspirações para a liberdade o socialismo também não nos pode levar.

Então por favor professora, nunca chame de fraternidade de homens um mundo onde ainda morremos e vivemos, uns por cima dos outros, chegando ao topo depois de ter pisado em incontáveis cabeças!

Como eu gostaria de ter continuado naquele sonho...






domingo, 16 de junho de 2013

Exaltação: o conhecimento jogado esgoto a baixo.


Da minha condição de trabalhador eu observava tudo.
A fábrica e, as máquinas com seu som ensurdecedor pegavam minha alma com a mesma vontade que se tem ao dobrar uma barra de metal! Do meu posto de cidadão eu via tudo, e o Estado se desvelava no monstro que sempre foi,e a república era o sonho ébrio de Platão! Da minha carapaça de homem civilizado eu pude perceber as mil facetas da sociedade ocidental...

E quem sou eu nessa onda de energia ?

Como um homem qualquer que sou, vi todos jogarem o conhecimento esgoto abaixo e jurarem amor eterno a paixão do fogo que consome seus corpos!

E nas noites de lamentação eu passava por mais uma encruzilhada, sim, amaldiçoei todos esses antigos espíritos que nos levam por essas ruas incertas!

Mas haviam canções tiradas de antigos pergaminhos, e elas diziam que podíamos romper com todos os falsos contratos!

Então da minha condição de sobrevivente eu juntei forças para uma mudança!E gostei de chamar isso de revolução! O que significa o riso das ienas quando sabemos que elas apenas comem carniça? Pois que riam o quanto quiserem, a obra do conhecimento é para todos, mas nunca foi para qualquer um.

sábado, 1 de junho de 2013

Um pouco sobre o tempo...


Eu então tive que envelhecer!

As marcas da minha face se tornaram o contorno de um desenho inacabado:
a pintura do tempo em linhas perpétuas!

sim eram nossos sonhos da juventude estampados em sua velha camiseta no varal!

Me diga agora onde todos foram parar?

E qual o propósito da história em livros empoeirados?
Eu vi mais uma vez os amigos reunidos em reuniões de drogas e tudo flutuava pela madrugada
mais uma vez...

Mas dessa vez eu sabia onde queria chegar.

Nossos dias assassinados do passado nunca mais me perseguiram, pois aprendi a aceitar
a passagem desses ciclos intermináveis...E como isso nos é custoso!

Quando Júpiter para espantar o tédio eterno soprou o espírito na matéria, sim, nos tornamos
o que somos: vitimas do tempo na destruição da matéria!

Então eu tive que envelhecer, e escrevendo o único livro possível guardei nossos momentos
num diário secreto.



Que o tédio eterno jamais envelheça nosso espírito!

domingo, 26 de maio de 2013

A necessidade de amor



Quando o universo era o vácuo do nada surgiu o primeiro Deus grego: Caos. De partes que se desligavam de caos surgiam outras formas de vida. Gaia a mãe terra produzia a vida a partir da matéria inerte. E diferentemente de Caos o Deus Eros produzia a vida através da união de dois seres, assim representando o amor.

O mito do amor motiva os seres humanos, sendo atribuído um valor sagrado e considerado uma das maiores conquistas da vida em felicidade.
Minha reflexão de hoje é simples: o ser humano tem mesmo a necessidade de amar e ser amado?
Segundo Khalil Gibran o sentimento de solidão deve ser celebrado com uma taça de vinho, pois o que é se sentir solitário se não a sede de amor?

Pois então devemos celebrar a dependência e a entrega a algo ingrato como amar alguém?
Uma aurora diferente se levantou em mim, e eu descobri o amor verdadeiro como disse platão: uma doença mental.
Para os que se entregaram as paixões efêmeras e vulgares da humanidade sempre vou parecer um louco.

Então eu aprendi a amar essa intransigência e rir satisfeito do resto.

A vida real é a dureza da entrega, então invento o tempo todo pra nós a arte como refúgio!

Meu amor é a loucura em entregas intransigentes e repletas de esperança.

Que Júpiter nos conceda a glória de conquistarmos nosso amor!

segunda-feira, 20 de maio de 2013

O poder e o domínio


Segue aqui mais uma das minhas considerações a cima de outro tema da alçada da sociologia e da nossa estimada filosofia. Mas como todos sabemos, e para alguns já é redundante isso: nunca pretendemos aqui escrever as tábuas da verdade!

Minhas considerações são o produto de um choque, que libera uma energia. Sim, o choque entre a visão revolucionária e as teorias da sociologia contemporânea.



O poder é a faculdade de exercer autoridade e impor sua vontade aos outros, mesmo que haja algum tipo de resistência.
Conhecemos bem essa força, e até fazemos uso dela!

“Aquele que tem o poder tem a tendência a abusar dele.”

Rapidamente chego no ponto que eu queria: o abuso e a submissão.


"Sente-se na sua poltrona confortável, ela é seu trono de déspota.
Agora feche os olhos e relaxe seus músculos, pense: esse é meu domínio.

Abra os olhos e veja tudo a sua volta, sim, você sente o mesmo que eu:
O homem nasceu para dominar!”

...

A chegada da era de aquário já surte efeitos, a liberdade de informação tem feito homens mais conscientes e atuantes, veremos no futuro, quem sabe, uma verdadeira tomada de posse do poder pelos agentes dessa revolução, e assim deve ser! Contudo, a alienação das massas e a coação pela força ainda são ferramentas das instituições que agora detêm o domínio político e econômico. Essas são ferramentas velhas para a manutenção do poder, a igreja e antigos impérios já tinham feito uso delas.

Meu papel não poderia ser outro:

Morte ao espirito plebeu e toda dominação tirânica das ideias!
Não irei amaldiçoar a espada que ceifou vidas para colocar o déspota no trono, amaldiçoarei minha fraqueza e a submissão dos que desistiram da luta!
Nós, os homens da era de aquário, nascemos para abrir um novo tempo nas relações humanas: tempo de dominar e compartilhar!

Conhecimento é o verdadeiro poder.

sábado, 11 de maio de 2013

O neo liberalismo

Com a eleição de Fernando Collor de Melo se dava o inicio da implementação do sistema neo liberal no Brasil. Esse desenvolvimento do capitalismo como forma de política econômica veio da Europa. Basta sabermos por enquanto no que consistiu isso, e como ainda hoje sofremos com a realidade imposta por essa ideologia.

O Neoliberalismo tem como filosofia a liberdade total para as relações econômicas. Sustenta a ideia de que o mercado pode se alto regular sem a interferência do estado, e que a livre concorrência nos levaria a um mundo de oportunidades e crescimento.
Outra pratica neo liberal é a redução da máquina estatal, criam órgãos reguladores e privatizam empresas e serviços até então pertencentes ao estado.

A propaganda neo liberal sempre foi bem aceita, então veio a crise na Europa.

….

Bem, quando eu andava por um shopping center qualquer eu olhava as vitrines e me sentia em uma feira medieval...Lá estávamos nós, barganhando, comprando especiarias ou simplesmente sonhando com aqueles produtos vindos do distante oriente...

Desde de que me vi lançado no mundo das relações mutuas eu procurei por um oásis nesse deserto de interesses e lucro. Em algum lugar o ser humano seria valorizado e o capital seria deposto do pedestal que criaram para ele.

Dentro do templo da burguesia eu sabia: Esta sofisticação perniciosa criada pelos homens de negócios é a firmação ideológica do instinto a exploração! Quando eu andei por um shopping center minhas botas sujas pisavam no neo liberalismo. O sonho americano era uma mentira, e meu pesadelo estava lá fora, nas ruas do subúrbio e nos olhos dos desabrigados. Então para vencer é preciso desprezar o valor humano?
Que progresso é esse?

“O dia amanhecia em Porto Alegre. Terminava mais uma noite de canções na fogueira, os companheiros se recolhiam a suas barracas. Eu fiquei sentado sozinho em meio as arvores do parque Harmonia...O fórum social mundial era uma loucura mesmo, mas naquela noite eu tinha entendido que a verdadeira globalização nunca seria possível se não viesse do fogo da amizade que liga os homens.”

Morte ao Neo liberalismo!










quarta-feira, 1 de maio de 2013

Memórias: Reflexão em tempos de exclusão


Lá estavam os homens pacíficos louvando a sua paz. Eu podia ver tudo de baixo da sombra generosa das árvores...

Quantos anos podemos esperar até que nossa promessa se cumpra?

Lá estavam todos cumprindo o seu papel no plano de suas vidas felizes, e eu pensava que a maldição da promessa feita as árvores seria meu martírio eterno na floresta de concreto e cal!

Quando eu vivi fora do sistema a realidade das ruas se tornou a verdade insuportável dos fracos e lunáticos: loucos são os que não sabem o valor da conquista!

Deitado com os mendigos da cidade eu comi o pão da derrota,e observei como nada faz sentindo quando não amamos a nós mesmos...Não, mais uma alta ajuda não!

Na sombra fria de um prédio eu juntei minha mãos e orei secretamente. Então essa paz era o que eu não queria, e a cachaça não era suficiente para amenizar o peso do concreto da cidade na minha cabeça...Nem Zaratustra, nem Aristóteles viveram para ver a obra do pensamento jogada no boeiro de uma avenida capitalista qualquer,.

A morte do orgulho é o prelúdio da esterilidade e a decadência de tudo pela volta.

Olhando os homens de paz e a sociedade em funcionamento eu pensava que era questão de harmonia, agora eu sei: é apenas a luta pela sobrevivência dessa grande instituição.

A grande fraternidade existe, é não é nenhuma utopia politica, tão pouco um delírio desse boçal que aqui escreve, a grande fraternidade é o que já chamaram de sociedade alternativa, são os indivíduos fazendo a revolução apenas quando viram a página de um livro ou apertando as mãos em mais um reencontro!

terça-feira, 30 de abril de 2013

O trabalho e a construção


O homem é transformador da realidade à sua volta. Aqui uma das características que nos diferencia dos animais: mudamos o mundo a nossa volta através do trabalho, não estamos a merce da natureza.
Ora, afinal de contas o suor de todos os dias é uma glorificação da força da vida, ou mais uma das resignações que a sociedade tem como mecanismo de funcionamento?

Então abandonamos nossos instintos em nome da vida civilizada, não a como negar: Isso ainda existe em nós como uma energia reprimida!

Por mais estranho que possa parecer, convido a todos a não abandonarmos isso, pelo contrário, vamos exteriorizar. Vamos trabalhar.

Pensar no homem apenas como uma peça perfeita e eficaz de uma fabrica, ou como um cidadão exemplar na fila das oportunidades, sim, seria subestimar a força da vida.

O homem é transformador da realidade a sua volta, mas também tem o dom de construir a si mesmo. Então eu digo: Nós fazemos o trabalho, mas com o passar do tempo, também somos trabalhados.

Então nos transformamos de fato em homens.

domingo, 28 de abril de 2013

A arte e a cultura de massa


No Egito antigo a arte era usado para afirmar a religião, na Grécia para exaltar o homem e sua sabedoria. Na idade média vimos um dos maiores atrasos na evolução da humanidade nas ciências e na filosofia, era a arte e a repressão a serviço dessa tortura psicológica e de rebaixamento do espirito: o cristianismo.

A igreja católica castrou mentes e ceifou vidas em escalas obscenas, reprimiu a evolução do espirito do homem em nome da manutenção de uma doutrina espiritual totalmente tirânica e dominadora. Pois então a arte esteve assim por séculos se desenvolvendo em pinturas de deuses e reis, ídolos e monumentos colossais.
Com o passar dos tempos e as mudanças sociais algo viria a mudar essa realidade, sim, a arte ganhava vida própria em expressão. Agora foge até mesmo da concepção do próprio artista. Pois que uma vez lançada e manifesta no mundo físico, a obra desse artista ganha vida própria na consciência de cada um. Isso é mágico.

Convido a todos a apreciarmos a arte como deve ser: livre para nossa
imaginação cognitiva.
Se afirma mais uma vez o elo que estamos inconscientemente o tempo todo tentando fazer: o do espirito com o corpo. Eu chamo isso de elevação.

Mas é preciso em fim de distinção, pois de que forma seria possível romper o círculo da ignorância?
Pão e circo, assim o povo é cultivado pelas elites a séculos, mas nós não. Nós, os que negaram esse pão nefasto, sabemos do valor verdadeiro da arte, e nunca vamos cantar junto com essa multidão as blasfêmias da alienação e da vulgaridade.

A cultura de massa não é arte!

domingo, 21 de abril de 2013

Os Deuses do mundo de Sofia


Os deuses do mundo de sofia são a representação mítica das paixões humanas.

Explicávamos em mitos oque nossa razão não conseguia desenvolver.
E se eram os Deuses astronautas, o mundo ainda podia se abrir em infinitas possibilidades.

Então eu me pergunto: não seremos nós mesmos os responsáveis por nossa aniquilação?

O suicídio de todos os dias, é a verdade de que caminhamos inexoravelmente a destruição...

Mas Zeus montado em sua nuvem de tempestade magnética lançou um raio na minha cabeça, e agora nada se não o conhecimento do conhecimento me satisfaz.

O olimpo deve queimar, e todas as religiões vão ser consumidas, nunca mais haveremos de estar de joelhos para o vazio que muitos chamam “Deus”. Vejam como os Deuses nos controlaram em nossa breve história de homens. Não mais.

Vênus esta nos chamando a perversão e a beleza, e eu posso ver os templos antigos em sonhos sorrateiros.
A Deusa, como alguns a chamam, vai ser queimada na fogueira como uma bruxa!
E eu e você vamos olhar as chamas fascinados pela morte de mais um ídolo.

Sempre há um inferno para cada um de nós, mas isso não importa mais quando o fogo se torna parte do que somos.

Agora os Deuses ainda vivem em algum lugar, mas nunca mais ergueram templos na morada de nosso conhecimento.

sexta-feira, 19 de abril de 2013

A ética e a moral arbitraria


Sentado em meio a multidão eu era parte da massa. O centro de Porto alegre é frenético mesmo, e eu sempre reparo na pressa das pessoas. Era mais uma terça feira qualquer, e eu esperava pacientemente por um cachorro quente. Então olhei para o céu, e lá estava a verdade, a única verdade possível e suportável para se viver: a vontade do espírito não esta encarcerada na prisão que foi criada para mim.
A sociedade e sua hipocrisia conveniente não faziam mais parte do que eu era, pois que havia nascido uma nova realidade social: o indivíduo consciente de si.

A ética são os princípios, a moral nossas normas convenientes e contraditórias.
Mas eu percebi algo mais, eu vi todo um sistema construído em prol da economia e suas concepções de livre concorrência e devastação dos valores humanos.
Agora somos produtos.

Sentado em meio a multidão eu vi violetas a venda, pessoas pedindo dinheiro e crianças brincando como se nada estivesse acontecendo...

Por vezes sou uma criança despreocupada, e posso sair por ai, ver as flores e pensar que todas são minhas.

Se eu não ganhar dinheiro morrerei, foi assim que me ensinaram.
Então essa moral de mercado se torna questão de sobrevivência.

A ética sera criada pela revolução, nossos princípios serão nossa tendencia natural a liberdade.


sábado, 6 de abril de 2013

Passeio psicodélico


Andavamos eu e você lado a lado.
Caminhavamos por lugares nunca antes pisados, e eramos apenas você e eu.


Sem nossas máscaras, sem sua dose diária de egocentrismo disfarçado.

Viamos cogumelos de cinco metros de altura, e duendes trabalhando freneticamente em novos sonhos...

Não havia estrada, e mesmo assim precisavamos fazer esse caminho, no fundo é assim mesmo:

A estrada esta em nós.

Caminhavamos, e eramos dois velhos amigos olhando para um céu vermelho e amarelo, fadas fosforecentes brincavam ao nosso redor, e mais adiante eu pude ver a floresta das árvores ancestrais. Depois que um homem enfrenta sozinho os perigos dessa floresta, sim, pode ser aceito entre nós, os que ja enfrentaram tal provação.

Cantavamos antigas canções e o tempo passava mais rápido. Você me disse que nunca iria me abandonar, e eu sabia que não poderia fazer o mesmo, então eu fazia força para acordar do sonho psicodélico.

Passavamos pelo vale das almas paradas, onde todos viviam repetindo as mesmas ações por séculos...Sim, eu vi homens cultuando deuses e abraçando uma fraternidade de dor e sofrimento...

Nesse momento voce chora. Simplesmente aprendemos a criar nosso caminho quando não à nenhum mais.

Ninguém pode viver pra sempre no passeio psicodélico, mas veja bem meu amigo, quem volta de lugares tão distantes e deslumbrantes assim, volta com um pouco dessa loucura encatadora em si.

Que esse encatamento seja nosso pra sempre. Pois nele esta nossa distinção e força.

Andavamos eu e você lado a lado...

quinta-feira, 4 de abril de 2013

Versos ao poeta patético



Era preciso mais um poema sobre a chuva, e menos um sobre amor,
se fez necessário outro verso satânico, e por que não mais vinho?

Eu sabia as palavras certas mas não as disse!

Eu pude sentir o poder dos vocábulos, mas algo me fugia, minha mente me traia mais uma vez...

"O patético poeta protestava contra ele mesmo e sua solidão era uma lastima."

Então era preciso mais um poema sobre a chuva, quem sabe uma purificação, uma aceitação
do meu eu mais genuíno e subliminar!

Se fez necessário a descoberta de outra brincadeira, um novo alívio para a depressão que assola
a consciência à séculos.

Em vidas passadas e planetas distantes a energia do pensamento viajava.

e foi numa dessas viagens que eu, o patético poeta, descobri meus novos tesouros:

O sarcasmo como humor, o inimigo oculto, a liberdade como vício, e o vinho como remédio!

Eu e o poeta talvez jamais haveremos de nos encontrar, mas, hoje com certeza eu sei:

quem sabe ler, nunca vai estar sozinho...

sábado, 30 de março de 2013

O sonho, e o pesadelo...a tragédia do despertar oculto



Minha alma vagava pelo limbo, em ermos infinitos e sem vida...

O contraste em preto e branco, nossas almas destruidas por sonhos de universos já mortos.
sim. Estaremos condenados a esse exilio, pior que a morte, pior que a tortura!
Em sonhos turvos, em madrugadas sagradas, eu flutuava por lugares misticos e conversava com pessoas já falecidas...

Minha mente é minha melhor arma, e as vezes esta apontada contra mim!

Viajavamos pelo subconsciente com esperança de encontrarmos um tesouro oculto...uma salvação!

Eu via o futuro e o presente como uma coisa só, sentia a presença de alguém que estava sempre por perto...meu deus! Estarei enlouquecendo?!

Minha alma vagava por labirintos escuros e apertados, um relógio apontava a hora: 3 da madrugada!

Homens sem rosto apareciam no meu caminho, os sonhos e os pesadelos são assim, emergem a fobia e o desejo numa junção sinistra e morbida.

Em terror e deslumbramento o poeta senta-se. sim.

A vida é um sonho de onde ele despertou.

sexta-feira, 29 de março de 2013

11 de abril: o dia em que o povo tomou posse da própria vida!


No início dos anos 8o o Brasil passava por seu período de amadurecimento político. Com a inflação alcançado normalmente altos indícies o país ainda aprendia a viver com a tal democracia.
Como em todo lugar do mundo onde haja homens, havia exploração...

Bem, em Alvorada, a cidade sem lei, não seria diferente.


Países subdesenvolvidos, como era o caso do brasil, sentem a necessidade de fazer muitos programas sociais, e na época o governo criou um plano de habitação, ou algo assim. A entidade responsavel foi nomeada: COHAB.

Construiram dois conjuntos habitacionais, que viriam a se chamar: 11 de abril e UMBU. Com a demora na entrega das casas e apartamentos, e também motivados por uma burocracia e uma seleção de entrega totalmente incertas, sim, o povo se revoltou e invadiu as moradias prometidas pela demagogia política!

foi formada uma resistência.

Lá estavamos eu e minha mãe, vivendo a primeira desobediência civil da minha vida, a ocupação do bairro 11 de Abril!

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A sociologia nos ensina que não existe nenhum outro motivo para a criação do estado, se não para a manutenção das relações econômicas.

Resumindo:

"Eles não estão nem aí!"

Os primeiros revolucionários que eu conheci, foram eu e minha mãe. Desejo que apartir de agora tenhamos a certeza de que nossas conquistas são obras totalmente nossas. Tomamos posse do nosso destino e essa história é antiga no mundo.

Não vamos esperar por heróis mortos, nem por martires enbalsamados.

A revolução só pode ser obra do povo mesmo.

E que essas palavras repetidas seja ditas quantas vezes forem necessárias.

sábado, 23 de março de 2013

O despertar em: aurora das ideias próprias



"Quando a polícia de choque chegou já era tarde, a adrenalina já tinha dominado meu corpo inteiro.
Num gesto de alguém que procura segurança em algo, procurei pelos companheiros...

Eu estava sozinho...

O som de uma bomba de efeito me ensurdeceu, toquei o chão do campo de batalha com os joelhos, proteji meus os ouvidos com as mãos, sim, lá estava eu mais uma vez de joelhos!


O céu psicodélico das tardes de outono me enebriou a mente, chamem de Deus se quiserem, chamem de força interior, chamem por alguém que nunca virá!

Lancei o coquetel molotov no universo, não tive tempo para comtemplar as chamas, corri o mais rápido que pude. Finalmente eu tive coragem!

Correndo pelas vielas eu sabia que eu tinha conseguido, será que sim?"

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Todos nós somos escritores. Escrevendo em um caderno fechado com uma chave secreta, ou rabiscando na mesa da sala de aula, e por que não em portas de banheiro público. Ou seja:o livro subliminar da vida do homem esta escrito também em linhas ortográficas tortas, mas muito resplandecentes em sensibilidade, e desespero cru dos sentidos, entregues inrresponsavelmente a tentativa de passar isso. Na era da integração trazida a galope pela internet, me sinto rodeado por um mundo vasto de opiniões e informações, por uma salada de frutas ideologicas, por religiões interplanetárias, etc...Então, num dia em que o tédio insistia em me convencer a fazer alguma estravagância, formulei esse pensamento a respeito:

"Estou enganado, ou algo que valha apena viver esta surgindo?"

Sim, eu não era mais um joguete. E me sentia agora dono de algo que não me deixava mais a deriva no mundo das ideias, da convivência social, dos sentidos atribuidos da vida, que toda hora mudavam sem parar, ou não se mostravam mais verdadeiros.

Era o grande despertar para mim mesmo!

Eu aprendi sobre a filosofia em sua luz guia: A dialética...
A tese, a síntese, e a antítese...

Desde então nunca mais saquei de minha força sem esses princípios, que me foram verdadeiras dádivas consedidas.

"Lá estava eu, com o rótulo de terrorista kamikaze, vivendo em uma sociedade de clones felizes, sim, eu chamo isso de resistência, e agora eu sei muito bem a razão desse protesto.
Eu aprendi a dialética!"





domingo, 17 de março de 2013

O indivíduo VS. o meio



"Por de trás dos pensamentos mecânicos da vida cotidiana, e da hipocrisia do dia a dia, esta nossa verdadeira fonte de inspiração."


O homem é vítima do meio, um dos ensinamentos mais redundantes que a filosofia me deu, mas, ela me deu muito mais.

Me deu a chave para fugir dos calabolços da alienação.

Uma vez imersos na sociedade de consumo, acabamos por nos tornar o que mais gostamos: produtos.

Não há alternativas aparentemente: entregamo-nos ao rebanho, ou nos transformamos em ovelhas negras subversivas, contudo, ainda ovelhas.


Outro vento veio, e soprou mais uma vez em minha face surrada, seu ar morno. Era o vento, que as vezes sopra no início do outono, era meu pensamento sendo refrescado, era a filosofia!

Desde então, todas as palavras que saem da minha boca ofendem os amantes da obediência, e realmente, eu nunca vou parar.

...


Por favor, nesse momento, sobre tudo não me confundam. Não é minha intenção ou, o que quer que seja, me tornar um sacerdote pregador da austeridade e de um mundo melhor no pós vir, seja na vida ou na morte.

Pois alguns de nós, ainda trazem na memória o receio e o medo de uma palavra: pobreza.

Então eu digo: Que nossa riqueza e prosperidade sejam plenas, na satisfação de construir. E quando algo nos inspirar aquele velho medo do futuro, tenhamos a certeza desse presente: nosso passado nos justifica, não à nada a temer.

Concluo esse texto, escrito na hora cabalística, com a certeza de que são heróicas, essas mentes raras, que volta e meia aparecem para desafiar o meio, e se tornarem o que realmente são: elas mesmas na vanguarda do pensamento.

Que sempre surjam pessoas assim, em todos os tempos...

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

Diário da intelectualidade subjetiva:Nietzsche


Eu gosto de tempestades. Naquela noite me lembro bem do som do vento sacudindo com vontade a copa das árvores,
minha mente também se sacudia! No meu cubículo não tinha muito que se fazer, apenas uma pilha de livros, e era só...Mas aquela noite era especial, eu sabia, e esperava por isso a muito tempo. Como já era de se esperar a energia elétrica tinha sido cortada, algum poste ou gerador, como sempre, tinha sido comprometido. Eu estava as escuras. Aquela cama de solteiro estreita e infernal oprimia meu espirito, já estava deitado a uma hora e nada. Em espaços curtos de tempo, o cubículo era iluminado por relâmpagos.
A tempestade continuava, e um sorriso sinistro floresceu no meu rosto. Finalmente meu destino e eu nos encontramos. Na breve e rutilante iluminação de um relâmpago, pude ver claramente em destaque, em cima da cabeceira: Ecce Homo, de Friedrich Nietzsche. Estava lançado um dos maiores desafios da minha vida.


Para explicar o impacto que esse escritor com sua filosofia causou na minha vida, seria necessário relembrarmos e compreendermos a relação de deslumbramento e paralisia, que algumas pessoas tem ao verem pela primeira vez o mar.

Pois que lá estava eu caros leitores, bitolado, por que não dizer, em minhas ideologias e paixões da juventude. Mas eu precisava de algo mais, sempre, em qualquer tempo, o homem quer mais do que ele pode compreender. minha depressão e angustia assolavam inflexíveis, eu precisava fazer algo, precisava de um remédio.
Não sabia que seria assim.

Quem abre esses livros nunca mais volta atrás. Enche a o espírito de confiança,amor, vingança, força e ódio.

Foi preciso algum tempo para mim poder escrever sobre Nietzsche, tal sua influencia em mim. Hoje me sinto confortável para afirmar:
É preciso coragem para ler Nietzsche, mas é preciso ser louco para combate-lo.
E esse sou eu.

Então, quando as tempestades voltam a soprar em noites de loucura da alma, me sento na sala, com as luzes apagadas, não é preciso cigarros, meu suspiro vem ao natural, e eu sei, Nietzsche esta sentado em minha frente...

domingo, 10 de fevereiro de 2013

Diário da intelectualidade subjetiva: reflexões sobre o passado


"Havia uma criança sentada sozinha durante o recreio, um garoto com olheiras e rancores ácidos...

À noite existiam sonhos de fuga, milagres, oásis dos sentidos e por fim: redenção.

Houve uma criança tocada pela escuridão, um início de protesto, uma revolta, e isso seria tudo naquele tempo!"




Em uma sociedade falida e em transição para a democracia, nesse tempo, sim, foi nesse contexto que se formaram meus primeiros
pensamentos políticos. Eu me tornaria um anarquista por excelência .

É realmente muito difícil fugir do vértice a que somos puxados no dia dia, e realmente nem sei, se vocês querem isso.
Como é doce viver ao sabor do vento, uma doce ilusão para os livres pensadores, por isso, esse patamar de ideais(Reflexões anarquistas na era contemporânea) não esta para todos de igual modo. Esta para nós que desligamos a TV e duvidamos até a última instância do conhecimento.

Quando aderi as minhas primeiras ideologias políticas, e também aos meus primeiros contatos com a igreja católica, tive a nítida
impressão que me tiravam algo, que me faltava não sei o que, que havia uma rede de cobiça do poder e inveja, uma teia de
aranhas predatórias, um não não sei oque,que não queria o crescimento da minha consciência livre e criativa, por fim, graças
a essa luz sempre surpreendente, que são meus companheiros de batalha, os verdadeiros, sim, graças a eles tive outra opção.

Por fora desse vértice dos acontecimentos cotidianos, e do tempo que leva tudo pude ver a imensidão da nossa obra companheiros...
Eu ainda sou aquela criança vestida de preto com olheiras terríveis, e até agora nossas brincadeiras tem sido nossos sonhos mais
sérios.

segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

A revolução e a democracia




As bandeiras vermelhas tremulavam na praça central. Havia ocorrido mais uma vitória do povo...Ou quase isso...

A democracia deveria ser vista com olhos desconfiados, e acima de tudo: conscientes de sua imperfeição.
Mas não. É vista como uma perfeição, uma religião, um fim. Deveria ser um meio.

"O rei pode ser um canalha, mas esta em nome de Deus."


A vontade da maioria prevalece em termos, pois uma vez no poder, o politico se torna o rei despota, o tirano, que usa
em vez de espadas sangrentas, a retórica enganadora e o sistema, que tem uma base sólida e irritante no que se refere
a manter a igemonia das aristocracias politicas.

As bandeiras vermelhas eram sacudidas por militantes emocionados, com olhos lacrimejantes e um coração cheio de
esperanças. No meu pensamento, nos meus sonhos, as bandeiras eram pretas.

Quantas alianças vergonhosas foram feitas?
Quantos santuários sagrados não foram destruidos para se construir esse novo ideal?

Que revolução é essa?

...



"O fantasma de Leon Trótski vagava pela praça vermelha. Haviam se passado muitos anos. A neve não era mais encomodo.
O frio e aguerra...Ele simplesmente pegou um punhado dessa neve. Sim, se pudesse morreria de novo!"






Era das sombras: prelúdio de uma revolução




O planeta terra como previsto pelos cientistas estava arruinado. Fato.
O aquecimento global aliado a falta de água doce motivaram guerras e migrações dos povos.

O caos reinava, e a sobrevivência era como em tempos remotos da história do homem: uma conquista dos bravos.

Porto Alegre estava sitiada, e sob domínio das forças da otam. Assim como todas cidades brasileiras que ainda tinham alguma reserva de água.
As forças de coalizam alegavam nos proteger da cobiça do oriente, pois lá, o petróleo já não valia mais nada, e sem ter como barganhar com o ocidente,todos desse lado do globo morriam aos milhares. Os ataques terroristas logo passaram a ofensivas militares . A guerra estava declarada.
E foi em meio a esse contexto apocalíptico que nosso herói surgiu.




A PARTIDA

A neve estava por tudo. Se não fosse pelo toque de recolher certamente todas as crianças estariam na rua fazendo bonecos. Roberto estava estático a mais de uma hora,
em sua frente Mariana estava morta. Achou que apesar de sem vida, a irmã caçula ainda era linda. Mas estava morta, tinha apenas sete anos. No quarto ao lado sua mãe e seu pai deitados na cama de casal haviam falecido a dois dias. Roberto não quis contar para Mariana, tinha que ser forte nessa hora.
Havia alguma coisa na água, foi o que disseram no rádio. Mas então por que ele não havia morrido?

Roberto sabia que não havia mais o que fazer, logo os soldados chegariam e o levarariam. Chorou até se engasgar com seus soluços.
Num ato muito espontâneo e sem objetivo definido saiu pela porta e pegou seu rumo. Apesar de não saber qual.
Era preciso ficar longe dos soldados americanos, tinha que reunir toda sua força de homem e prosseguir. Estava com oito anos nessa época.


Os Soldados

Jack achava o Brasil um país alegre apesar da desgraça toda que lhe afligia. Depois da missão para qual se dirigia ganharia suas merecidas férias. Não conseguia pensar em mais nada. Tinha uma mulher e uma filha lhe esperando, era tudo que importava.
Alguns rebeldes foram vistos pelo satélite. Estavam escondidos como ratos na mata. As guerrilhas nunca desistiam, eram mais uma encomodação do que um inimigo, as armas dos marines eram infinitamente superiores, eles não eram pário.
O local era chamado antigamente de "Três coroas". Hoje conhecido por zona 53.
Ao que parecia os guerrilheiros escondian-se em um antigo templo budista.


Jack era um homem inteligente, leitor de livros, viajado, grande apreciador de musica e armas antigas. Contudo, um soldado obedece ordens.
E lá estava ele, com ordens para neutralizar a área. "Neutralizar." Sim, isso significava matar todos. Saíram em grupos de quatro, cercariam a área e
provavelmente usariam gás, poderiam ainda calibrar suas miras atirando nos que se arriscassem a fugir.
Subiam o morro atráves de uma estrada estreita, a sondagem dos aviões não havia acusado atividade, a subida seria segura.
Então inesperadamente são advertidos pelo rádio de presença inimiga mais a frente.

Entre as ruínas do antigo templo estava o garoto.
Parado, inerte em posição de lótus.
A brisa gelada do inverno arrepiou a alma de Jack. Aquilo não podia ser real, simplesmente não fazia sentido nenhum!
Usou do seu melhor português:
_Calma garoto, está tudo bem agora, nós vamos te tirar daqui.
_Mas eu não quero ir embora, essa é minha casa.
_What?
_Aqui não é mais seguro, venha. ? Não há mais tempo a perder.

Ouve uma grande pausa acompanhada por um silêncio mortal...

_Shit!Who are you boy?



Brâmane, assim como uma flor de lótus azul, vermelha ou branca nasce nas águas, cresce e mantém-se sobre as águas
intocada por elas; eu também, que nasci no mundo e nele cresci, transcendi o mundo e vivo intocado por este.
Lembre-se de mim como aquele que é desperto.

Jack respirou fundo, concentrou-se para voltar a falar em português, aquele garoto não podia estragar tudo, não agora.

_Você virá comigo,será para sua segurança. Vê isso. É uma arma não letal, ela dispara um feixe de descarga elétrica leve, mas o suficiente para imobilizar um homem. Estou ajustando para um nível menor, pois você é uma criança. Garoto, nada disso será necessário, apenas levante-se e vá embora, não será necessário nem mesmo nos acompanhar. Então o que me diz?

Jack ficou a segurar a arma elétrica estupidamente em frente a criança, os outros soldados, mais atrás esperavam impacientes, por eles, tinham já era metido uma bala na cabeça daquele fedelho insolente.

O tempo se esgotou. Era preciso ser feito.
_Eu avisei garoto, isso vai doer só um pouquinho.

_Todos os seres vivos tremem diante da violência. Todos temem a morte, todos amam a vida. Projete você mesmo em todas as criaturas. Então, a quem você poderá ferir?
Que mal você poderá fazer?

O feixe elétrico da arma era azul. Tinha uma luz forte, mas concentrada, não iluminava bem.
Jack permaneceu por alguns instantes ainda em posição de disparo. Aquilo era insólito, ele era apenas uma criança, Jack rezava apenas para ele ter resistido a descarga elétrica, não seria a primeira vez que alguém viria a óbito daquela forma,mas dessa vez não podia ser, era apenas uma criança!


Impossível! O garoto permanecia no mesmo lugar como se nada tivesse acontecido.


_Somos o que pensamos. Tudo o que somos surge com nossos pensamentos. Com nossos pensamentos, fazemos o nosso mundo. É esse mundo que você pensou para sua filha?
Um mundo onde um homem ataca uma criança? Por que?

Dizendo isso Roberto se levantou, era preciso ir embora. Mas não por causa dos soldados, simplesmente era a hora.

Jack ainda tentou ser racional:
_É um holograma!

Roberto olhou O capitão Jack White com compaixão, e lhe lançou uma flor que segurava.

_Um holograma não atira flores. Veja Jack, é uma flor de lótus. Elas com certeza não nascem por aqui, fiz essa especialmente para você.
Saiba que uma guerra se aproxima, e não é a guerra gananciosa que você vem travando com o mundo a anos. Será a guerra pela salvação da humanidade.
Jack, eu vim para cumprir com minha obrigação na evolução dos homens. E estou começando por você. Assim como eu, esteja desperto. Pois chegará a hora
de escolher de qual lado você vai ficar.


Roberto apenas andou e se foi, sumiu entre os escombros do que um dia foi o único templo budista tibetano da América do sul.
Jack ficou imóvel ainda por mais alguns instantes, como aquilo tudo era possível?
Sua reflexão é interrompida por alguém que o chama:
_Senhor,será que vão acreditar no nosso relatório se contarmos isso?
_É cabo, acho que não.

Antes de ir embora ainda deu uma boa olhada na flor, era realmente uma flor de lótus.

quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

As ruas do subúrbio e, eu...




Eu andava pelas ruas barulhentas do subúrbio em um sabado à tarde...

Pisava o chão calejado pelas botas dos trabalhadores, e por fim, como num dispertar inevitável e natural, tive mais uma certeza:

Sou filho e fruto desse lugar. Contudo, renegado em minha distinção até o último dos portões do inferno...

Quem poderia falar sobre desobediência civil, revolução, socialismo, liberdade, e luta?
Quem poderia escrever "Reflexões anarquistas na era comtemporãnea?"

Pois eu digo, aqueles que enfrentaram a roda do mundo, quebraram as alianças e, se lançaram em algo novo, algo melhor.

"O homem sonha nunca mais ser escravo."

Mas, onde quer que eu vá, os vejo presos, confinados a prisões invisíveis, mas de mesma forma: totalmente opressiva e castradora.

...


As ruas da periferia são assim em um final de tarde: cheias de criaças se divertindo.

E por que eu deveria me preocupar?

Pois em verdade digo: em minhas aventuras pelo mundo e pelo trabalho que ganha o pão, vi com meus próprios olhos os homens predando uns aos outros.

E alguns ainda me diziam: é assim mesmo, a lei da selva, etc...

"E lá estava o caminhão. E o velho senhor de pernas trêmulas e olhar vago.Apenas carregava, descarregava, subia, descia, trabalhava, ou algo assim.
E aquele senhor sofrendo era o meu pai, e era o teu. E aquele olhar vago, mergulhado nos devaneios da esperança, era nosso.

Era nosso futuro.

quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

Utopia: Ilusão do errante sonhador




Havia algo errado em minha ideologia. Alguma coisa de conflitante entre o individualismo e a relação social.
Existinham teorias duvidosas em cheque, idéias paradoxais que surgiam a todo momento, mentes brilhantes que viravam a cabeça, simplesmente idéias que se
confundiam, e se perdiam ao se confrontarem em suas divergências...

Para isso comecei a usar uma coisa chamada: método.

Até então coisa tão simples, e esquecida, como fazer uma conta de cabeça.

Munido desse recurso, pude finalmente defender a filosofia anarquista.


...

Então certa vez alguém me disse:

_Não seria utopia?
_A sociedade tem seus valores e regras de boa convivência. Estamos seguros atrás dos muros da cidade grande.
Mas eu pergunto: Onde fica o homem e sua individualidade? Até que ponto pode(se é que deveria) o estado intervir em sua vida?
O título de utopica, é mais um dos ataques dos que amam a obediência, e preservam suas tradições aristocráticas de qualquer forma.

Os que estam prestes a cair são os que mais duvidam da revolução. Foi assim na revolução francesa, foi assim na Russia, foi assim
com o império romano. E sempre será. A revolução é um movimento natural que atravessa os tempos na história do homem, não, não creio que seja
utopia.