sábado, 31 de dezembro de 2011

As folhas


Meu primeiro ensinamento filosófico se deu quando eu ainda era uma criança.
Meu amigo cursava o primeiro ano do segundo grau. Falava sobre a nova matéria:
Filosofia.

_Vê a folha de um caderno? Vê as folhas daquela árvore?
Todas são diferentes, não existe nenhuma igual a outra, e mesmo assim chamamos a todas de folhas!

Não entendi muito bem, mas fiquei intrigado. Acho que meu amigo também não tinha entendido nada.
Éramos jovens, tudo era uma descoberta.

Essa foi a filosofia primeira em minha vida.

Hoje tudo faz sentido pra mim.
Posso dizer que você chama folha, todas folhas da velha árvore centenária. E no outono elas são milhares.

Você chama folha, todas folhas do diário de confissões indecentes da garota. E que dirá dos homens, que você chama a todos de homens, quando homens não são folhas, são um universo.

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Alvorada vermelha!



Quando me abandonaram eu simplesmente não podia acreditar...

O que temos do mundo se não o que sentimos?

Quando jesus Cristo pediu para afastar o cálice ele estava amando sua vida.

E ali,o homem e Deus se encontravam na necessidade de existir.


Quando por fim fui deixado sozinho com minhas mágoas eu só queria morrer...
Mas todos amamos a vida.

O punhal enferrujado da ingratidão mais uma vez é sacado da bainha.

Por que eu não deveria pensar em vingança?

NA primavera de minha existência lhes ofereci flores, e me retribuíram com abelhas
com mil ferroadas no coração me recolhi em refugio...


Hoje fica a promessa de nunca mais voltar
Única vingança possível

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

A dor e o sofrimento


Havia uma vontade de loucura em mim naquela época.
Não sei por que.

Uma tendencia suícida, algo que queria queimar, vindo de algum lugar de dentro de mim.

Porque?

Existia em meu ser uma tendencia ao sofrimento e a tristeza, algo tão meu que por muito tempo pensei que era natural...

E nunca é.

O que é a dor?
não sei.
Agora as cicatrizes estão do lado das feridas...

terça-feira, 12 de julho de 2011

A moeda da sorte


Qual o contrário do amor?
O ódio voces me diriam. Não.
O amor e o ódio são as duas faces da mesma moeda.
E a paixão nos induz tanto a um quanto a outro.

"Esqueça a moeda e leve o amor no coração."
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Eram duas amigas. As duas melhores e mais companheiras desse mundo. Quando Eleonora nasceu sua mãe estava seca, sem leite.
Graças a mãe de Laura, que tinha nascido nessa mesma época, Eleonora não ficou sem o precioso alimento materno.
Com isso, se dizia que Eleonora e Laura eram irmãs de leite.
Os anos foram passando na infância das duas, que agora eram amigas inseparáveis de brincadeiras de imaginação sem fim.
Eleonora logo ganhou o apelido de "Nora", posto por Laura é claro.

Certa tarde de verão, o sol pesava tedioso no quintal de Laura, as duas brincavam de montar castelos de cartas.
Era simples: quem fizesse o maior ganhava.
Laura se concentrava com tudo que tinha em sua tarefa, isso seria algo que levaria em sua personalidade. Enquanto isso, Nora se apressava e se confundia, pois não conseguia resistir a olhar a evolução do castelo da amiga.
Por fim Laura se declarava:
_Ganhei!
Nora levantou seu olhar mais uma vez para o castelo de cartas em sua frente, por três segundos ficou com a boca aberta estupidamente assimilando a ideia que avia sido derrotada mais uma vez, em mais uma brincadeira. Num impulso desgarrado da ID, levantou-se e destruiu o castelo. Pronto, ninguém havia vencido, não daquela vez.

Laura se tornou uma bela adolescente. E mais que ser isso, era consciente de sua beleza. Balançava os cabelos louros e sacudia os quadris com graciosidade, mas também com muita segurança. Era uma colecionadora de conquistas, nenhum rapaz era capaz de resistir a seus encantos. A rua 33 estava cheia de pedaços de corações partidos espalhados pelo chão.

Nora cresceu sendo ofuscada pelo brilho de Laura. Se tornou uma gótica quase que sem perceber. Era sempre encontrada solitária lendo, ou divagando em algum canto escuro. Nunca se soube de algum garoto que a tenha beijado.
Alimentava em seu intimo uma revolta pelo mundo.

Mesmo com diferenças cresceram amigas. Se amavam.


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Nora voltava pra casa, tivera um dia cheio. As ruas de Porto Alegre estavam húmidas da garoa que caia. O inverno era lindo. Nora pensava assim, sempre tivera gosto pela estação. "Todos gaúchos tem um inverno em seus corações."
Na cabeça, cenas ainda do trabalho. Inesperadamente alguém puxou seu casaco.
Era uma cigana.
Uma senhora de idade já avançada com um vestido muito encardido, tinha uma voz rouca vinda das trevas.
_A tua sorte por uma moeda!
_Não obrigado, estou com pressa.
A velha não a largou, e num ultimo apelo olhou para o colar de Nora e disse:
_Terra, água, fogo e ar.
_Falta um elemento ainda...
_O elemento eterno, o tudo e o nada.
Nora sabia que a velha cigana estava certa.
_O éter. Tudo bem, leia minha sorte.

_A sorte esta lançada.
Dizendo isso colocou uma moeda nas mãos de Nora e a fez segurar. Fez uma breve oração, que mais pareceu uma insanidade, e finalmente declarou:
_Leva essa moeda contigo, ela vai te trazer sorte, mas no momento certo a jogue fora.
_Como eu vou saber o momento certo?
_Com a moeda terá uma chance.
_O que?
_Agora ajude essa pobre velha.
Nora ficou muito curiosa, foi realmente impressionada pela velha cigana. Puxou dez reais e entregou. Quando estava indo embora deu uma olhada na moeda.
_Ótimo, 10 reais por uma moeda de 50 cruzeiros.


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As ruas continuavam húmidas. A garoa dava o ar europeu da tarde.
Nora tinha guardado a moeda, de agora em diante andaria sempre com ela. O que não esperava era que tudo acontecesse tão rápido.
Ao se distrair com uma vitrine por um instante, a vida lhe veio ao encontro. Súbito, num explendido esbarrão caiu no chão. Tinha batido em alguém, pode sentir antes
de cair. Então, lá estava, em pé a sua frente com a mão estendida. Era um garoto magrelo, usava óculos e calças jeans.O cabelo liso e extremamente preto combinava com a camiseta.
_Por favor me desculpe, eu...
_Ta. só me ajude a levantar.
_Meus Deus, aquele é o ultimo Hary Potter!
O magrelo a deixou e foi de encontro a suas coisas espalhadas pelo chão, dentre estas: o livro.
Nora apesar de estar consciente da falta de cavalheirismo não conseguiu deixar de estampar um sorriso. Levantou-se sozinha mesmo.
_Hei, já não esta bem grandinho pra ler Harry potter.
Sorriram um para o outro. Ali começava uma história.

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O romance entre Marcelo e Nora era um sonho.Descobriram um ao outro nesse mundo, e era só isso que importava. Nada podia lhes fazer mais mau, eram felizes.

Estavam enganados.

O ciúmes de Laura foi avassalador. Realmente o sentimento de Laura foi muito curioso. Pois além de sentir ciúmes, se sentia roubada. Então desenvolveu em sua mente possessiva o desejo de dominar a cituaçãpa atráves de Marcelo. Seria fácil.

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Marcelo ouvia som deitado em sua cama. Já passava da meia noite, agora era descansar e se preparar para a faculdade. Quando estava quase adormecendo como num sonho vê alguém lentamente passando pela porta.
_Sou eu, Laura.
_Laura, mas o que ta fazendo aqui?
_Desculpa Marcelo, mas eu não tinha pra onde ir, falei com tua mãe lá em baixo, e...
_Ta, ta, tudo bem, mas o que aconteceu?
Laura contou uma história chatissima e melodramatica sobre desentidimentos com os pais, logo estava com a cabeça no colo de marcelo chorando.
_Por que não ligou para Nora?
_Eu iria se meu celular estivesse comigo.
_Quer que eu ligue?
_Ó não, ela poderia entender mau eu não ter ligado antes.
_Tudo bem.
_Marcelo me sinto tão sozinha.
Passaran-se alguns minutos, ficaram na mesma posição, foi quando então de súbito Laura o beijou.
_Laura não posso...
Ela não ligou para o tímido protesto e continuou, só que dessa vez agarrou com firmeza o Pennis de Marcelo.
_Laura não...
Mais sussurrava que dizia, isso para Laura era um sim.
O pobre rapaz nem conseguiu ver como, mas num toque de mágica Laura já levantava o vestido e o estava cavalgando, era inútil lutar, estava entregue.
Atingiram o climax rápidamente, se soltaram e ainda com a respiração ofegante Laura disse:
_Tem um cigarro?
Sorriram, tinham feito uma peraltice.


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Laura estava séria. Foi o que nora achou, sabia que isso era sinal que diria algo importante. Ela_ não usou de palavras, apenas estendeu algo em cima da cama, Nora pode ver nitidamente: era uma das cuecas de Marcelo. Apesar de ter entendido tudo, pois se tratava de uma brincadeira que Laura fazia sempre que transava com algum garoto diferente, Nora perguntou:
_O que significa isso?
_Nora ele não presta, bem que eu te avisei.
_Como foi isso?
_Ele se aproveitou de mim bêbada e triste.
_A claro, coitadinha de você.
_Nora, você merece coisa melhor.
Não havia nada naquele momento, apenas o ódio. Em um ímpeto tremendo, levantou-se e foi atrás de Marcelo. Laura a seguiu.
Andavam em direção a avenida central, Laura vinha mais atrás conformando a amiga do mau que ela mesma havia criado.
_Isso amiga, vamos até lá ,você da um pé nele e depois vamos beber vinho.
A ira era incotrolavel em nora, a beira da avenida os carros passavam com velocidade.
_Nunca ninguém tinha me beijado!
Em um instante de descontrole empurra Laura, essa ao cair no chão é esmagada por uma caminhão que passava, o som da freiada brusca corta a alma de Nora.
Não gritou nem chorou, pôs as duas mãos na cabeça e ficou a dizer não.

Quando as primeiras lágrimas tocaram o asfalto se lembrou da moeda. Rapidamente a tirou do bolso e a olhou.
"Vinte cruzeiros".
_Eu tenho uma chance.
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_Isso amiga, vamos até lá ,você da um pé nele, depois vamos beber vinho.
Nora para.
_Laura tenho que te dizer algo.
_O que?
Nora com a força vinda das entranhas disferiu um belo soco no rosto da até então amiga.
_Sua vadia!

Ao pegar o caminho de volta contemplou mais uma vez a moeda da sorte, e a jogou fora como prometido.

terça-feira, 7 de junho de 2011

Lúcifer


Em uma bela noite de inverno, onde as estrelas se espalhavam caprichosamente, simplesmente me deitei na relva fria e húmida, a bebedeira me trazia vertigens e enjoos fortissinmos. por fim, adormeci.

Lá estava Lúcifer me esperando.

Sentado em um grande trono, podia ver sua beleza e altivez, podia sentir o cheiro do vinho e ouvir sussuros de mulheres.
Seus olhos não eram demoníacos, contudo, não eram humanos. O brilho e o preto eram diferentes, acentuados duma maneira que eu não poderia explicar. Fui até ele.

-Senhor, sei quem é você, em nada me interesso, me desperte desse sonho.
-Everton, lembre-se que você veio a mim primeiro, nada que lhe sucede foi por acaso, tens total responsabilidade de tua sorte.
-Eu não tenho certeza...
-Venho apenas em busca do que me pertence, do que me foi prometido a tempos atrás.
-Não lembro de ter firmado pacto com o diabo, me desculpe.
Ele ri, e por um instante sua respiração é ofegante e forte como a de um cão grande e cansado. Pela primeira vez sinto medo.
-Pensa em escrever sobre esse sonho no futuro?
-Parece que sabe algo sobre mim. Sim, eu gosto de escrever.
-Esse será nosso trato.
-Já disse, nunca firmei pacto nenhum com o senhor.
Pude sentir o ar gelando em minha volta, o silêncio pesando e oprimindo minha personalidade, tudo na volta de Lúcifer vibrava em sua sintonia. Por fim perdeu a paciência, sua voz era horrível, o hálito de carne podre me deixou tonto.
-Cala-se!. Ovelha do pastor mendigo. Eu te salvei a vida naquele castelo, eu te levei a cama de donzelas,
eu mudei as cartas. Agora quero o que é meu.
-isso não pode ser...
-Hoje onde vocês chamam Áustria, lá eu e você ceifamos vidas, destruimos lares, possuímos jovens garotas, comemos e bebemos, a guerra era nossa farra.
-não...não pode ser!
-Escreva sobre mim, tua alma será empenhada nisso.

Despertei do pesadelo. E diferente dos filmes, onde sempre há um amigo nos ajudando,estava só. Os primeiros raios de sol se derramavam debilmente no horizonte que se estendia a minha frente. Vomitei um liquido viscoso. Sim, estava vivo ainda.

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Resolvi ler sobre Lúcifer. Descobri muitas coisas. Mas o que se sucedeu foi mesmo um desencanto na figura do diabo.
Lúcifer, como todos sabemos foi um anjo decaído, porém, o mito do diabo foi algo que veio com o tempo e de misturas de muitos mitos. Lúcifer, do latim: o portador da luz.
Bem, o pensamento intelectual fez uma analogia com Prometeu, aquele que entregou o fogo da sabedoria aos homens. Pois, o que foi que a serpente fez? Ela incentivando a comerem a maçã, fez com que Adão e Eva se perguntassem o porque das coisas.
Porque não comer a maçã?
Ao comerem se deram conta que estavam nus como animais.
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Cumpri minha parte no trato, agora quero minha alma de volta.

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Poema incerto


Eu queria escrever um poema para minha filha, ou versos, quem sabe um texto, conto, sei lá.
Ela vive longe de mim.
Mas como poderia eu dizer?
Dizer onde estive, que me abandonaram, que percorri 120 kilometros em noites frias e dias escaldantes.
Contar meu amor em palavras, e que meu pensamento sempre voa a lugares mágicos, e que meu coração
sempre esta em cacos, e que ela é tudo o que o mundo precisa pra viver?
De que forma eu poderia expressar a luta de todos os dias e a dor da perda, como dizer que os poemas
as vezes não são sinceros e que as pessoas mentem, saberia eu dizer em palavras que nossos sonhos
valem a pena, e que eu sou um bobo por acreditar nisso?

Ela entenderia que dinheiro nem sempre é tudo, e que amei a mãe dela com todas minhas forças?

Conseguiria expressar a palavra de Deus, em palavras de um pecador, dizer que sofri, fui espancado, cuspido,
preso, perseguido, discriminado, expulso, e mesmo assim faria tudo de novo?

que em linhas tortas e erros ortográficos esta muitas vezes a literatura, a grande escrita dos que vivem de verdade?

Como minha filha entenderia que nunca a abandonei, e que aqui nesse castelo de solidão os dias sem ela são
tristes e frios, e que a morte não é nada para quem viver uma vida plena?
Eu queria escrever um poema que abrisse mentes e corações, que fizesse uma revolução em nossas vidas, e que
em cada palavra ela soubesse que a amo, e que tudo será nosso no devido tempo.

terça-feira, 24 de maio de 2011

loucura em poesia



Existe uma estrela solitária brilhando pra mim
um livro faltando uma página
uma mulher que sussurra meu nome em um motel barato
um disco arranhado tocando o velho mantra satânico

meu coração esta obscuro...

há uma garota que ama seu homem, ela pensa em mim
o velho cão que esta doente e sujo
as vezes eu sou esse cão

Existe um banco de praça vazio que me espera
uma cidade pacata que dorme despreocupada
a morte sempre será uma libertação!

Em passos largos você foge com medo das ruas
e eu sei:nada pode nos tocar! estamos imaculados

eu nunca estive tão apaixonado e solitário
minha loucura é uma confissão indecente

então vejo o mundo nesses poemas de merda
solte-se garota, vire uma mulher
volte homem, seja novamente um garoto rebelde

nossas vidas ainda podem ser salvas

eu juro a vocês:
tudo vai valer a pena

domingo, 20 de fevereiro de 2011

Vermelho


simplesmente vermelho
sangue que escorre e mancha a vida
vinho que acaba e embriaga a morte
lá estava o céu, com seu azul límpido
e quando a noite se aproximava eu podia ver o vermelho rasgando o horizonte
violentando o azul ,dando o preludio a escuridão

vampiros loucos em noites de verão, tem a mancha em suas mentes
fantasmas de antigos comunistas contemplam as bandeiras vermelhas,
o pequeno príncipe enfeitiçado por sua rosa
a força duma cor que nos inspira a paixão

rubro, escarlate, vermelho...

a dama de vermelho conhece esse poder e fará tudo para nos levar a perdição
o assassino goza e se delicia com a cor, ao fim da vida que tira de sua vitima

meus olhos perplexos e embotados enxergam um mundo vermelho em ódio

e o amor também é vermelho, pois que um dia foi paixão

e você sentado em sua casa espera pelo dia em que tudo terá mais cores
pois que assim um dia, o vermelho nos matara...

domingo, 30 de janeiro de 2011

A fera


Na escuridão das noites de inverno, em recolhimento silencioso esta a fera...

Teu coração é isso!

uma fera adormecida...
Um monstro devorador de carne humana com cruéis instintos.

A lamparina esta com a chama a oscilar. O vento que assobia lá fora tem a melodia triste de tempos passados.
E essa ideia me dá um nó na garganta.

Todos no vilarejo sabem. A fera esta a solta esta noite.
Ficaremos em casa fingindo que nada esta acontecendo.

Mas esse monstro sempre volta em noites de lua cheia, e as histórias nunca vão parar.

O vilarejo dorme com medo, e eu, bem, eu sei que isso é só o começo! Pois que nunca essa criatura se acalma antes de sentir o sangue e seu calor, de possuir
a vida pulsando em suas mãos.

quando soltamos a fera que existe em nós, o mundo todo se transforma na nossa selva...

Se meu destino é morrer nas mandíbulas desse monstro, ou ser esse monstro eu não sei.

Mas depois de tanto tempo com medo, é hora de esquecer isso, encarar a escuridão e por fim: desvelar o lado negro...