Haviam madrugadas em que não era preciso morrer
E nesses tempos a cidade se oferecia pra nós como uma velha puta
Sem mais explicações e voltas
Haviam segredos em nossos olhos
loucos por serem revelados, maluquices em poemas baratos
amores fúteis na noite dos sonhos...
Havia um lugar onde não era preciso ter dinheiro
Gargalhadas eram de graça
Naquela esquina o velho com a garganta ardida pensava que tudo era possível de novo
e o garoto se perdia na vertigem...
Nossas vidas eram uma chama ardendo naquelas noites
Por vezes a violência e o sangue se ofereciam em deslumbramento e volúpia
é preciso cuidado!
Na esquina, as pessoas ainda estão em classes sociais
Mas nós riamos disso tudo
Tudo se perde em um beijo ávido, e todos estavamos maculados
essa a verdade!
Haviam madrugadas em que o nascer do sol era amaldiçoado
e nossa dor se confundia com o prazer
Haviam madrugadas em que não era preciso morrer
quarta-feira, 11 de abril de 2012
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