sexta-feira, 20 de setembro de 2013

Suspiro de arte


Nada havia em mim se não essa solidão e a vontade de pensar.
No final do dia, quando juntamos nossos atos em julgamento, a verdadeira morada do nosso ser esta com as portas abertas! E mais uma vez podemos contemplar a extensão máxima do nosso eu supremo e infinito.
Ao entardecer, quando os pássaros batem em retirada, e o horizonte se espalha com luzes amarelas e vermelhas, sim, a vontade de pensar além se eleva e, é inevitável não escrever sobre isso.


Nada havia em mim se não a solidão e um horizonte amarelo e vermelho.

Por mil anos eu vaguei por entre os escombros do que um dia foi a humanidade, e mais uma vez os homens construíram castelos e elegeram Deuses. E se elevando em tardes assim, essas visões se tornaram minha poesia derradeira. A obra de um lunático, o quandro nunca pintado que Vincent van Gogh suspirou ao enlouquecer de vez!

Por Marte, como eu gostaria de em um pensamento, em uma fração de segundo ver a obra inteira da criação para entender nosso papel de homenzinhos !

Aí sim eu poderia voltar pra casa no final do dia e pintar o melhor dos quadros da minha vida:
As cores do entardecer em deslumbramento ao pensamento.

Nada havia em mim se não a solidão e o final de tarde.
Essa loucura de estar em si mesmo é a mesma que tem por não raras vezes florescido em nós,
então entramos mais uma vez no templo sagrado para nos elevarmos.
Pois nada podemos esperar do conhecimento se não que ele nos eleve...

Tudo estava em mim e a solidão era um horizonte amarelo e vermelho rasgando o céu.

domingo, 15 de setembro de 2013

A pobreza


A pior pobreza para o pobre é a de espírito.
Quando eu me deparei com uma vida sem perspectiva a selva capitalista me fez virar uma besta também!

Felizmente mais uma vez eu pude virar minha cabeça pra cima e observar o sol penetrando por entre as árvores, e derramando luz mesmo onde alguns pensavam ser impossível.

Por que é assim mesmo, o sol aquece a todos, mas cabe a nós refletir essa luz.

Eu apenas evoco mais uma vez o espírito da revolta, pois nada poderia nascer da união da inteligência com a revolta se não uma revolução!

Acordaremos então para um novo dia em que nenhuma pobreza econômica ou da alma nos atormente com suas ninharias!
Sim, dentre os pobres os melhores sempre foram os insatisfeitos com esmolas, com caridade e com a gratidão servil.

A consciência de classe deu muito mais que uma postura de combate para as mudanças sociais, ela nos colocou como agentes e indivíduos de um sistema que até então considerava apenas o capital e as posses burguesas.

A pior pobreza é a de espírito, mas na falta de pão o homem não espera justiça social, ele faz!
Então venho a vocês não como um pretensioso pregador político e da moral, e sim como um homem que veio da periferia e nela repousa sentimento.

Vamos celebrar então o trabalho transformado em arte, essa sim, a verdadeira riqueza das nações!