segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

O consumismo e o poder do capitalismo


Haviam manhãs e tardes em que todos meus fantasmas resolviam dançar ...
Em uma volta pelas ruas do subúrbio eu os acompanhava. E meu pensamento se elevava.

....
Nas paredes sujas dos guetos e na violência dos becos um sussurro obsceno era ouvido:
Todos estão condenados!
A vulgaridade é uma lastima que sempre poderemos evitar, venham e aceitem a única verdade possível de se conceber: o capitalismo é uma promessa que não pode ser cumprida.
O consumismo é a insaciável força motriz do capitalismo. E realmente viver para a satisfação dos sentidos em plena ociosidade é a meta de muitos. Pois eu digo: vulgar e degradante é tal estado de espírito.
Clamo por uma humanidade mais vigorosa e fraterna, sim, dona e consciente de suas verdadeiras necessidades e aspirações.
...
Nascemos para sermos conquistadores do meio onde vivemos, e não para sermos domados por ele. Eu vejo com desconfiança toda essa multidão massificada e ao mesmo tempo individual em avidez pelo consumo. Os homens tornados predadores de si mesmos.
Nós, os que romperam com o pensamento ocidental ordinário, e que desafiamos as barreiras de nossas próprias limitações ideológicas jamais vamos voltar atrás. É muito mais que questão de orgulho ou poesia, é uma questão de sobrevivência do nosso eu, da identidade e peculiaridade de cada um.
...
Todos Estão condenados!
Então os homens que se entregam ao poder de qualquer governo ou autoridade se tornam gado. Fielmente em servidão esperando a hora do abate.
Tudo bem eu assumo, estou consciente do contrato social de Jean Jaques.
Mas por júpiter, onde está o poder se não onde sempre esteve: do lado das elites.
Então eu chego em nossa questão: Qual a relação do consumismo com o poder?
O poder está nas mãos dos que controlam a economia. Consumir gera a riqueza de todo o sistema capitalista.
Aceitem também essa verdade: o mercado cria necessidades e sonhos fictícios, o homem ocidental se tornou viciado e sem consciência nenhuma de sua verdadeira missão.
Tornar o contrato social um pacto fraterno e de elevação da raça como um todo.
Pois me desculpem se me repito, mas vivemos em uma sociedade uns por cima dos outros, lutando pra chegar ao topo.
O filósofo anarquista não nega a vida em nenhum aspecto. Não sou mais um pregador de austeridade. Mas pergunto:
Estão vocês dispostos a abrir mão de alguma coisa em nome desse mundo mais sustentável e fraterno?
Claro que não. E, é aí que o capitalismo sobrevive.
...
Talvez o planeta terra reclame a conta de tanto esbanjamento, quem sabe?
Para encerrar mais uma vez peço desculpas, dessa vez talvez por tantas redundâncias, pois escrevo para os que sabem do grito silencioso, que entenderam a verdade sobre suas próprias vidas e assumiram de vez suas proeminências.
Muito obrigado, e tenhamos força contra todo o poder que venha a tentar por suas mãos sobre nossas cabeças.

Nenhum comentário:

Postar um comentário