quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

Reflexões anarquistas na era contemporãnea: versos de um andarilho

Meu corpo magro se distanciava no horizonte, e com as mãos nos bolsos e a cabeça um pouco inclinada eu sumia, me afastava em sonhos sublimes. Todos nós somos isso: um pouco do sonho da terra.
Os filósofos usam por vezes as palavras dos poetas. Pois é preciso mais que tocar em teu puro e íntimo conhecimento. É preciso que teu coração seja amante da razão.

E assim eu me lançava no universo, um fragmento presunçoso de energia, um aglomerado de átomos resistente e solto na lei do caos. Somos herdeiros da poeira cósmica.
Em ruas onduladas de casas destruídas minha imaginação voava e se divertia em meio à dor e a alegria numa mistura insana...

Segundo Nietzsche os trabalhadores esclarecidos eram os anarquistas de sua época. Hoje, em uma sociedade liberal e um estado de bem estar social falido e privatizado eu venho a vocês indagar quem são os anarquistas atualmente?

A revolução disse Marx, não vai destruir o sistema, vai tomar posse dele. Contudo, e principalmente contrariamente ao filosofo alemão, jamais entregaremos nossa liberdade e razão, em virtude de um coletivismo opressor e castrador de criatividades e potencialidades de um homem livre de fato.
Os filósofos anarquistas imagino eu, são as pessoas que ultrapassaram o processo dialético entre a tese capitalista e a síntese socialista.
E por favor, não me falem de social democracia. O jogo do poder sempre existirá, mas cabe a nós mesmos não encararmos a vida como um jogo, e sim como tudo que temos.
...
Meus passos foram breves, mas minha mente percorreu quilômetros naquela tarde.

Nenhum comentário:

Postar um comentário